sábado, 27 de dezembro de 2014

Squier John 5 Telecaster

Já que estamos vindo da semana passada, em que falei sobre uma guitarra signature – a de Michael Angelo –, nesta semana a vibe vai ser a mesma. Hoje o modelo vai ser o de um monstro das seis cordas, porém com um toque “modern vintage”: John 5.

John 5 não é apenas um guitar hero de heavy metal, mas também um virtuoso da country music. Apesar de ter ficado conhecido após tocar com Marilyn Manson (e ter adquirido seu pseudônimo e maquiagem lá), 5 já era um cara bastante conhecido antes. Juntamente com o departamento Custom Shop da Fender, John criou vários modelos com seu nome ao longo dos últimos anos. Este da Squier é uma versão simplificada, mas ainda com muitos dos charmes dos top de linha da Fender.


Recentemente, a Fender lançou uma versão dourada desta guitarra, mas o modelo “black and silver” é o mais tradicional, já que foi o primeiro e, além disso, possui várias versões com detalhes diferentes, porém sempre mantendo este look. O primeiro detalhe que chama a atenção nesta guita é a presença de dois humbucker ao invés de dois single-coils, como é de praxe em uma Telecaster. Isso por si só já muda todo o approach desta Squier. Mesclando o som mais pesado e com mais ataque de uma Les Paul e o visual vintage de uma Tele, esta John 5 é o espelho da realidade atual, em que o tradicional e o moderno caminham juntos. Estes dois humbuckers são custom made pela Fender para a linha Squier, e assim como as versões Vintage Modified, são caps de alto nível em guitarras a um preço extremamente acessível. Temos um Custom Ceramic na ponte e um Custom Alnico II no braço.


Para acompanhar o visual preto e prateado, a J5 Squier vem com frisos brancos no corpo, o headstock pintado de preto e com a logo em silver, e um escudo espelhado. Há alguns modelos da J5 que vêm com escudo preto, para aqueles que preferem um visual mais “clean”, já que qualquer peça espelhada suja bastante. O headstock do modelo Squier é no formato tradicional da Telecaster, diferentemente dos modelos Custom Shop, que vêm com o headstock “pontudo”, mais agressivo. O braço deste modelo é em maple, com um shape C 60’s, vem com 22 trastes médium jumbo em uma trasteira em rosewood. O corpo é em alder e com um acabamento gloss.


As peças prateadas mantêm o visual silver proposto pelo escudo e pela logo. A ponte vem com carrinhos individuais para cada corda para um controle de afinação de oitavas mais preciso, diferentemente de Teles mais vintage, que ainda hoje mantêm três carrinhos, o que não controle as oitavas tão bem. Quem curte um som mais old school, gosta de tocar slide guitar e afins, gosta desse approach “antigo”, mas para tocar metal a proposta é outra. Os dois knobs da J5 são de volume, um para cada captador, já que John 5 brinca com diferentes timbres através da mescla de ganho de cada cap. A chave seletora tem três posições, assim como uma Les Paul tradicional. E o resto é tocar e curtir!


É isso, galera! Tenham um bom final de ano e venham curtir muitas guitas na Garagem em 2015!




sábado, 20 de dezembro de 2014

Dean Michael Angelo Batio Rocket

A guitarra desta semana é a verdadeira e mais genuína “ame ou odeie” de todos os tempos. Não apenas pelo seu look e pelo seu setup, mas principalmente pelo guitarrista que está por trás dela: Michael Angelo Batio. Conhecido na década de 80 apenas como Michael Angelo, este guitar hero veio à tona com sua banda Nitro, ao lado do vocalista Jim Gillette. Ambos, na época, tinham como objetivo principal serem rápidos e exagerados. Angelo com sua técnica e limpeza inacreditáveis, e Gillette com o máximo de agudos possível. Nos anos 80, isso – para muitos – era o auge.  Apesar de Jim Gillette ter praticamente se aposentado, Michael Angelo continua dando workshops e aulas, pois é difícil encontrar um guitarrista com tanta técnica.


A Dean MAB Rocket é uma reedição da clássica Rocket que Batio usava com o Nitro e na série de vídeo aulas “Speed Kills”, que como o nome já diz, é focada em ensinar o estudante a tocar limpo e muito rápido. A Rocket Guitar original foi minuciosamente estudada para criar este modelo signature por um preço bastante aceitável. O primeiro “feature” desta guitarra única é o número de trastes: 29! Com mais de duas oitavas de braço, a Rocket é ideal para quem quer “fritar” o máximo possível e com o maior número de notas que uma guitarra pode oferecer.


Como você pode ver acima, o corpo da Rocket é feito de forma que o acesso aos trastes seja sempre muito fácil, permitindo ao guitarrista uma naturalidade ao correr pelo braço. O corpo da Rocket é feito em mahogany, com um acabamento hi-tech, imitando metal, para que a guitarra fique bem temática. O braço é aparafusado – setup comum entre guitarras mais “tecnológicas” – e em maple. O shape é o que a Dean chama de C Batio, ou seja, um formato baseado no tradicional C-shape de guitarras clássicas, porém levemente modificado segundo as preferências de Batio, sempre visando facilitar o deslize da mão de cima a baixo da trasteira. A escala tem 25.5”.


Vamos para a parte elétrica e afins. Os captadores desta versão da Rocket são bastante agressivos, para um ataque com bastante punch e perfeito para solos bem agudos. No braço, bem colado ao último traste, temos um single-coil DMT design da Dean. Logo ao lado, na posição da ponte – muito próximo ao braço se comparado a guitarras tradicionais –, temos um humbucker também DMT design. É bom lembrar que ambos são captadores passivos, pois geralmente guitarras desse estilo vêm com caps ativos, como EMGs 81 ou 85, além de alguns ativos da própria marca de cada guitarra. A ponte e o locking nut são ambos Floyd Rose, a marca clássica de tremolos e vibratos hit-tech que domina o mercado desde os anos 80.


Gostou? Odiou? Não importa. O que interessa é que estamos falando de guitarras! ;-)



sábado, 13 de dezembro de 2014

Fender Road Worn '60s Jazzmaster

Você já conhece a série Road Worn da Fender? Pois bem... Sim, são aquelas guitarras e baixos que você jura que têm décadas, mas na verdade são novinhos em folha. Para resgatar o sentimento de afeição que um dono tem por seu instrumento após décadas de uso, quando todos os riscos, batidas e amassados fazem parte da história, a Fender propõe a série Road Worn. Você pode ter uma guitarra que carrega consigo as marcas do tempo sem que você tenha que ter passado anos na estrada com ela. Afinal, nem todo mundo escolheu ter uma vida de guitarrista itinerante, mas nem por isso a vontade de ter uma guita marcada pelo tempo deixa de ser um atrativo! Vamos falar um pouco sobre a Road Worn 60’s Jazzmaster.


Nos últimos anos, talvez um pouco mais de uma década, as guitarras vintage deram um boost de popularidade ainda maior. Desde músicos das antigas até a garotada que está começando, muita gente aparece tocando modelos como as Fender Mustang, Jaguar e Jazzmaster.
Pode-se dizer que a Jazzmaster é uma “irmã” da Jaguar. O formato do corpo é o mesmo e alguns detalhes diferenciam uma da outra. A versão Road Worn da Jazzmaster vem atualmente na cor sunburst, tonalidade que prevalece na maior parte das guitarras da série, assim como a Stratocaster e a Telecaster, ambas maravilhosas.


Como o próprio nome já diz, a Road Worn não se propõe a criar grandes inovações. Se a ideia é que ela pareça ter 30 anos de estrada, então o certo é que essa guitarra seja bastante tradicional, como os entusiastas querem. Como você pode ver pelo headstock, a logo da Fender é a mais vintage possível, com o visual macarroni seguido de descrições à moda antiga sobre o tremolo e um toque rococó para acompanhar. O corpo double-cut vem em alder, o braço, em formato C-shape, em maple, e a trasteira, com 21 trastes vintage-style, em rosewood. As marcações são bolinha e o tensor é standard com abertura pelo headstock (o que não é TÃO antigo assim, já que as primeiras guitarras com tensor eram reguladas por baixo na parte inferior do braço, perto do corpo).


A Road Worn ‘60s Jazzmaster vem com a configuração de captadores SS (dois single coils). Tanto na posição do braço como na posição da ponte, temos os American Vintage ’65 Jazzmaster single-coils. O visual desse cap é uma mescla de humbucker com single, já que sua largura é bem maior, mas podemos ver pela fileira única de ímãs que de fato é um single. Muita gente preza esse detalhe aparentemente pequeno, mas isso é compreensível, afinal o visual de uma guitarra também é muito importante! Temos dois knobs, um de volume e um de tonalidade, além da chave tradicional de três posições para selecionar cada um dos captadores isoladamente ou juntos. A ponte e a alavanca também são tradicionais das Jazzmaster e Jaguar, mas as ferragens, como não poderia deixar de ser, vêm envelhecidas e enferrujadas. Esta é uma série Made in Mexico, com um preço bastante aceitável e uma qualidade muito acima da média. Gig bag acompanha.


Curtiu? Venha tomar um café e tocar com a gente!




sábado, 6 de dezembro de 2014

Fender Telecaster Cabronita Thinline

Esta semana vou falar de uma das minhas guitarras preferidas, a Fender Telecaster Cabronita. Lembro quando vi um dos modelos pela primeira vez. Foi amor à primeira vista, eu sabia que tinha de ter uma. Lembro também de mostrar a um amigo e ouvir a seguinte frase: “Nossa, que Frankenstein, que coisa mais horrível”. Assim como a maioria das guitarras “modificadas”, a Cabronita teve uma resistência inicial por parte do público, mas logo essa resistência cedeu e vários grandes nomes começaram a usá-la em shows. Em pouco tempo a Cabronita ganhou fãs, merecidamente!


A Cabronita originalmente é uma guitarra solid body, mas logo a Fender lançou a versão thinline (semi-semi-acústica), que também fez um grande sucesso. E é esse o modelo desta semana. A Cabronita Thinline vem em três cores: 2-color Sunburst, Shoreline Gold e White Blonde (aquele branco já envelhecido, tendendo para o creme). Nos dois primeiros modelos, a madeira do corpo é alder, na Blonde, ash. O braço é o C-shaped, em maple, e com um acabamento em uretano.


A trasteira da Cabronita Thinline é em maple e com um ângulo de 9.5”. Vinte e dois trastes medium jumbo com marcações bolinha, tradicionais das Teles e Stratos, completam o setup do braço. O headstock, como não poderia deixar de ser, vem com a logo Fender Macarroni, bem vintage, diferentemente da logo mais moderna, aquela mais popular nos anos 80 e que ainda é usada em várias guitarras até hoje. Como a Cabronita é um modelo bastante old-school, a logo tem de acompanhar a proposta.


Agora vamos para a parte elétrica e afins! Os captadores desta guitarra única são os também únicos Fideli’Tron, popularizados principalmente em algumas guitarras Gretsch e também usados na Fender Coronado. Pode-se dizer que eles são uma mescla de humbuckers com singles, dependendo de como você faz seu setup. Uma coisa que eu percebi ao usar a Thinline, foi que o output do pedal de compressão funciona com os Fideli’Tron da mesma forma com que funciona com captadores single, ou seja, o tipo de intensidade ao acionar o pedal é de um boost enorme, diferentemente do que acontece com os humbuckers, que já tem um output bastante alto. Já que temos aqui dois caps, a chave seletora da Cabronita é a tradicional de três posições, assim como uma Les Paul, por exemplo. Temos um único knob de volume e nenhum de tonalidade. Se você quiser ajustar a tonalidade vá direto para o amp ou para algum pedal equalizador. Mas pode ficar tranqüilo que a Cabronita é bastante equilibrada.


É isso aí! Bom fim de semana e venha nos visitar sempre que quiser!




sábado, 29 de novembro de 2014

Epiphone Slash Rosso Corsa Les Paul Standard

Esta é para amantes de Les Pauls! Seguindo a trilha de grandes guitarristas que ficaram famosos por preferirem o modelo Les Paul, como Jimmy Page e Ace Frehley, o ex-axeman do Guns ‘n’ Roses tocou essa tradição para frente e é hoje um dos grandes nomes associados à parceria rock/Les Paul. Raramente você vai ver Slash tocando outro modelo de guitarra. Com várias linhas signature na Gibson e na Epiphone, a gama de modelos e preços que você pode conseguir em uma guitarra de Slash é muito ampla. E a guitarra de hoje é uma das minhas preferidas da Epiphone, tanto pelo look quanto pela configuração.


A Rosso Corsa é uma Les Paul tradicional, porém com detalhes especiais da preferência de Slash. Então vamos dar uma “passeada” por este belo instrumento.
O corpo da Rosso Corsa é em um mahogany especial, mais leve, para facilitar a vida do guitarrista que fica horas no palco com seu instrumento. Geralmente as Les Pauls são consideravelmente pesadas, o que faz com que alguns músicos terminem não optando por ela. Neste caso, o problema foi solucionado! O corpo contém câmaras ocas para uma maior ressonância, aumentando o sustain, a vibração e a qualidade dos harmônicos. O top do corpo é em maple.


O braço da Rosso Corsa também é em mahogany e no formato “Slash D”, aquele mais robusto e, como diz o nome, o preferido de Slash. A escala tem 24,75” e o braço é colado ao corpo, ambos tradicionais de Les Pauls. A trasteira é em rosewood com 22 trastes medium jumbo. As marcações são trapezoid, como você pode ver acima. As ferragens também são as tradicionais de Les Paul: ponte Tune-o-Matic, peças cromadas e tarraxas deluxe tulip. Até agora, tudo bem. Mas este é o momento do diferencial. Vamos lá!


A Rosso Corsa vem com humbuckers especiais, os mesmos que Slash usa em suas guitarras. São dois Seymour Duncan Alnico II Pro para você ter punch, distorção e ataque. Captadores perfeitos para tocar rock and roll, com aquela pegada e um toque de agressividade a mais. Os capacitores são especiais, também, dois Orange Drop, com qualidade muito superior aos capacitores “standard”. Os knobs são os tradicionais: dois de volume e dois de tonalidade, um set para cada captador. A chave é de três posições. A Rosso Corsa vem ainda com case especial e certificado de autenticidade!


Curtiu? Venha tomar um café com a gente!




sábado, 22 de novembro de 2014

Fender Kurt Cobain Signature Mustang

Mesmo 20 anos após sua morte, Kurt Cobain continua sendo uma referência para muitos músicos. Mesmo na época do surgimento do grunge, o amor e o ódio que Kurt fez nascer nas pessoas foi intenso. Por um lado, roqueiros cansados do hard rock “poser” deram graças a deus ao perceberem que bandas mais preocupadas com o som – e menos com o visual – estavam surgindo. Por outro lado, os amantes dos anos 80 e do virtuosismo característico da época ficaram revoltados quando o lema “três acordes” voltou a ser valorizado. Além disso, Kurt Cobain frequentemente aparece na lista dos guitarristas mais influentes de todos os tempos, revoltando muita gente! Seja você um fã do Nirvana ou não, o fato é que muito se fala de seu som até hoje. E muito do seu som vem desta guitarra da qual vou falar hoje, a Fender Mustang.


A Mustang fez história nos anos 90 por ser a guitarra que Kurt Cobain imortalizou no vídeo da música Smells Like Teen Spirit. Também foi a guitarra mais usada na última turnê do Nirvana, In Utero, em 1993 e 94. Kurt também usava a Jaguar, que ganhou uma versão signature mais tarde. A Mustang, apesar de ser um modelo “antigo” e vintage, ganhou algumas características particulares nas mãos do frontman do Nirvana. Pode-se dizer que a guitarra virou um espelho do som que as bandas grunge estavam fazendo: uma mescla de propostas básicas aliadas à modernidade da época.



Algumas características da Mustang Kurt Cobain são o single-coil Mustang na ponte em uma posição angulada, assim como o single da ponte em uma Stratocaster e o single do braço de uma Fender ’51. Já na posição da ponte, temos um humbucker Seymour Duncan JB, conhecido por seu punch e agressividade. O JB é aparafusado diretamente no corpo! Logo acima da posição dos captadores, há duas chaves “corrediças”, responsáveis por ligar e desligar a fase de cada um deles. Após usar a Mustang com essa configuração por alguns anos, Kurt convenceu Pat Smear, que se juntaria à banda no final (e depois faria parte do Foo Fighters) a considerar guitarras vintage com um toque “heavy”.


Outras características da Mustang Kurt Cobain são a escala menor do braço (24 polegadas), corpo em alder e acabamento em poliéster, braço em maple e no formato tradicional “C”, trasteira em rosewood e 22 trastes vintage, ponte Adjusto-Matic com vibrato “dynamic”. Temos ainda um controle de volume e um de tonalidade, peças cromadas e escudo e tarraxas totalmente vintage. Vale lembrar que, apesar de Kurt Cobain ser canhoto,sua Mustang vem em versões canhota e tradicional!


É isso aí, pessoal! Venham tomar um café na Garagem com a gente!




sábado, 15 de novembro de 2014

Fender Antigua Telecaster

A guitarra desta semana é definitivamente uma que pode ser considerada da séria “ame ou odeie”. Eu, pelo menos, nunca conheci ninguém que gostasse “mais ou menos” ou até mesmo não desse a mínima para esta guitarra. Dentre meus amigos guitarristas e amantes da música, metade adora a série Antigua, e metade abomina. E acredito que o pessoal da Fender tem bastante noção disso, pois a proposta da Antigua é muito particular, fazendo com que o público se divida bastante. Como um grande apreciador de guitarras e instrumentos que se destacam – muitas vezes até pelo lado negativo –, posso dizer que a Antigua é um prato cheio para mim: há algum tempo dei de cara com uma e não aguentei, tive que levar.



 Apesar de possuir características particulares e vários aspectos só seus, o que mais chama a atenção na Antigua é seu visual. E é essa também a causa de sua atração e repulsão. Com um look verde/creme que se estende pelo corpo e pelo escudo, a Antigua é totalmente anos 70. Mas, na verdade, a primeira guitarra da série a ser lançada foi a Antigua Coronado II, colocada no mercado em 1967. Cerca de uma década depois, a Fender lançou vários outros modelos com essa proposta, e desde então, edições limitadas foram colocadas no mercado para logo sumirem por mais um bom tempo. Os amantes da série são normalmente colecionadores que gostam de edições especiais.


Falando especificamente da Telecaster, podemos apontar algumas características só suas. Para deixar este modelo com um som ainda mais anos 70, a Fender colocou dois captadores ultra vintage nesta guita, e a sonoridade possui ainda mais “twang” (estalo) que o normal de uma Tele. Essa frequência produz um som de Telecaster com um boost de personalidade, além de emitir menos ruído e mais nível de saída que os caps tradicionais encontrados em modelos standard. A sonoridade da Telecaster Antigua é perfeita para situações com mais drive e distorção natural produzida pelo output de um bom amplificador.


O corpo desta raridade é em alder, o braço em maple e a trasteira – de 21 trastes – também em maple. O braço tem o formato vintage em “U”, ou seja, mais robusto que os tradicionais em “C”. Com isso, diferentemente das Teles, que normalmente vêm com cordas .009, a Antigua vem com .010, pois cordas mais leves ficam “faltando” em um braço como esse. Como você pode ver pela foto acima, há uma marca no headstock onde seria o ajuste do tensor, mas isso é apenas o visual, pois como toda guitarra old-school, o tensor é ajustado na região inferior do braço. Para isso, é necessário tirar o braço da guitarra, ajustar a tensão e encaixá-lo de novo. Não é prático, mas é a proposta da Antigua, que mantém as características de guitarras totalmente tradicionais. Ainda mantendo o clima vintage, a ponte vem com três carrinhos apenas, assim como as guitas eram décadas atrás.


E é isso! Confira na web os outros modelos da série Antigua! Você vai gostar (ou odiar)!



sexta-feira, 7 de novembro de 2014

G&L Tribute ASAT Special

Esta semana resolvi falar sobre uma marca que, apesar de não ser tão popular como a Fender e a Gibson, é considerada uma das tops por grandes guitarristas e entusiastas do instrumento. A G&L é a marca que Leo Fender fundou após se desvincular da Fender. Seus modelos geralmente são baseados em clássicos como Stratocaster e Telecaster, porém com modificações claras que viraram marcas registradas da G&L. Quem está por dentro do mundo “guitarrístico” conhece bem. Se você não conhece, já está mais do que na hora!


A ASAT Special é considerada por muitos a principal guitarra single-cut da G&L. Lançada originalmente em 1985, era chamada de G&L Broadcaster. Mas isso logo trouxe problemas à marca uma vez que Fred Gretsch, da Gretsch Guitars, tinha registrado esse nome. Os primeiros modelos chegaram a ser lançados assim, mas logo o nome foi mudado para ASAT, que é a sigla do exército americano para o míssil “Anti-missile”. E foi assim que o nome pegou e permanece até hoje.  


A ASAT Special vem com dois captadores single-coil Magnetic Field Design Made In USA. Esses caps têm a característica de possuir uma bobina que é “rasa”, porém mais larga que outros singles. Isso faz com que eles se tornem bastante parecidos com os P-90 ou os single-coils das Jazzmasters. Mas os caps da ASAT têm mais punch nos graves e brilho nos agudos, com uma ressonância de harmônicos mais viva. Como você pode ver pelas fotos, a ponte da ASAT é especial. É um modelo Saddle-Lock que transfere a vibração das cordas para o corpo do instrumento, produzindo uma gama de frequências bastante vasta.


A G&L ASAT vem em duas configurações de visual e corpo: um modelo em madeira swamp ash (na cor blueburst) e em mahogany (tobacco sunburst). A primeira opção se caracteriza por ter bastante ataque no timbre, enquanto a segunda possui um timbre mais macio e suave, contando com a porosidade do mahogany. A ASAT conta ainda com um braço em maple e uma trasteira em rosewood, com 22 trastes. Achave seletora possui três posições. Dois knobs controlam separadamente a tonalidade e o volume. O headstock é o tradicional shape da G&L. O case pode ser comprador sepradamente, caso você queira proteger sua guitarra.


E é isso! Fique ligado que hoje tem sexta outlet!




sábado, 1 de novembro de 2014

Dean Dimebag Dime Camo ML

E vamos aproveitar que nesta sexta outlet o clima é peso e agressividade. Como vocês devem ter visto, temos várias guitarras para heavy e thrash metal em promoção. Vários modelos Dean Dave Mustaine e também o modelo da coluna desta semana, a Dean Dimebag Dime Camo. Ou seja, você pode conferir aqui todos os detalhes desta grande guita e vir testá-la na Garagem!


Dimebag Darrell, ex-guitarrista do Pantera e do Damageplan, foi um grande nome do som pesado dos anos 90 e um dos guitarristas mais influentes no estilo tanto pelos riffs matadores quanto pelo timbre único.  Você já deve ter visto fotos e vídeos de Darrell usando um destes modelos, seja da Dean ou da Washburn. O corpo da Dime Camo é uma mescla de Flying V com Explorer e conta ainda com um headstock em “V”, tradicional de outras Dean como, por exemplo, a Michael Schenker, da qual falei há algumas semanas.



A Dime Camo vem com um visual “camouflage” indicando que peso é sua intenção. Essa cor, unida ao shape do corpo, já determina que esta guita não veio para sons leves e pops. O corpo é feito em basswood, o braço em maple e a trasteira em rosewood, com 22 trastes. O braço é aparafusado (bolt on) e seu formato é o tradicional “C”, que dentre os tradicionais é o mais confortável para bases precisas e solos rápidos e ágeis. Apesar de possuir um design moderno, a Dime Camo não chega a ser uma guitarra “hi-tech”, com aqueles braços ultrafinos que outros modelos possuem.


Os captadores da Dime Camo são dois DMT Design humbuckers. A chave é a tradicional de três posições com dois knobs de volume (para uma mixagem customizada entre os timbres dos captadores) e um knob de tonalidade. Como você pode ver pelas fotos, o terceiro knob é levemente diferente em suas marcações internas, diferenciando ainda mais tanto no visual como na função que ele exerce. As ferragens vêm na cor preta, a ponte é uma Tune-O-Matic e as tarraxas são Grover. Muito bom!


Vale lembrar que temos este modelo na loja em promoção, assim como outros modelos também nesse estilo. Que tal virar dar uma testada?



sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Dean Dave Mustaine USA Zero Korina

Há algum tempo escrevi sobre uma das Dean Dave Mustaine Signature. Hoje me animei a escrever sobre outra da linha DM que merece seu destaque. Apesar do main man do Megadeth ser conhecido por usar guitarras no estilo V, existem mais modelos com seu nome, como você pode ver. A Zero Korina é uma guitarra bastante especial e é também uma série limitada, perfeita para quem quer ter uma guitarra única, que provavelmente não deve ser lançada novamente (pelo menos não em muito tempo). Nas lojas americanas, por exemplo, este modelo é vendido segundo a escolha do comprador pelo número de série. Não é brincadeira!


Assim como outras top de linha que levam seu nome, a Zero Korina foi desenhada e planejada pelo próprio Dave Mustaine em conjunto com os experts da Dean. O corpo é feito em korina, similar ao mahogany, porém mais leve e com um timbre mais claro e “cortante”, único. Com um design Z-modified, baseado nas Gibson Explorer, mas com curvas mais agressivas e com ângulos bem definidos, a Zero Korina segue a mesma proposta de outras Dean de Dave Mustaine: um instrumento baseado em modelos clássicos, com atitude e modificações que tornam sua proposta mais agressiva e totalmente coerente com o som do Megadeth.


O braço da Zero Korina é feito em mahogany, em uma escala 25-1/2” e seu desenho é o D-shaped, preferido de Mustaine. Segundo Dave, a guitarra é “uma combinação perfeita de madeiras, parte elétrica e estilo”. O headstock tradicional das Dean de Dave Mustaine vem com tarraxas mini Grover in-line e detalhes vazados na cor natural, contrastando com o preto. A ponte é no estilo tune-o-matic mas, mesmo sem alavanca, a Korina vem com o design thru-the-body, no qual as cordas são presas atrás do corpo e passam pela madeira, produzindo um sustain imbatível.


Os caps desta linda guitarra são dois Dave Mustaine Duncan Live Wire, controlados por dois knobs de volume, um de tonalidade e uma chave de três posições, o setup preferido de Mustaine. As peças são na cor preta, as marcações são tanto em bolinhas como no estilo shark, mesclando, novamente, uma proposta clássica com uma mais agressiva. Inicialmente foram feitas 50 peças, como você pode ver na numeração da foto abaixo. Depois desse primeiro passo, mais algumas levas foram feitas. A Zero Korina é Made in USA e vem com o case junto.


E é isso, pessoal! Nos vemos na próxima semana!




sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Fender Artist Series James Burton Telecaster

Esta semana vamos continuar com a linha “guitarras que se destacam”. Assim como todas as pessoas passam por fases de gostar mais de uma coisa, depois mais de outra, qualquer guitarrista, por mais que tenha sua linha de instrumentos preferidos, de vez em quando gosta de dar uma “passeada” por outros horizontes e conhecer (e até colecionar) instrumentos diferentes, únicos. A guitarra desta semana é um dos modelos que eu mais gosto. A Telecaster, apesar de não ser tão versátil como uma Stratocaster, tem um charme e uma sonoridade única. E, como toda guitarra, pode ser modificada para se adaptar ao gosto do “dono”. É esse o caso da James Burton!


Esta Artist Series foi feita pela Fender como tributo ao grande James Burton, guitarrista de Nashville que tocou e/ou gravou com grandes nomes da música como Elvis Presley, Gram Parsons, Buck Owens, Merle Haggard, Elvis Costello, Joni Mitchell, Jimmie Dale Gilmore e outros. Esta Tele é um dos exemplos de guitarras “adaptadas”. Para ter uma gama de timbres mais vasta, três captadores single-coil, construídos de acordo com as preferências de James Burton, estão disponíveis para uma combinação única. Ao todo, há sete diferentes setups de timbres.


O switch de captadores funciona da seguinte forma:
Posição 1 – Captador da ponte
Posição 2 – Captadores da ponte e do meio em paralelo (em série ativando o switch S-1)
Posição 3 – Captadores da ponte e do braço em paralelo
Posição 4 – Captadores do meio e do braço em paralelo (em série ativando o switch S-1)
Posição 5 – Captador do braço

O sistema S-1 é um botão colocado no knob de volume do instrumento, e em diferentes guitarras cria diferentes configurações. As da James Burton são diferentes de outras, como a Baja Telecaster, a American Deluxe Telecaster ou a Jazzmaster HH, por exemplo.



Outras características são o corpo em basswood, braço em maple (uma peça) e no estilo anos 60, trasteira em maple, 21 trastes vintage-style, ponte hardtail American Vintage Strat, ferragens douradas e tarraxas pearloid. A James Burton vem em duas combinações de cores: preta com chamas azuis ou preta com chamas vermelhas. E como todo instrumento de ponta, um case tweed está incluído!


E é isso por hoje! Nos vemos na semana que vem!






sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Squier Vintage Modified '51

Nas últimas semanas venho escolhendo falar de guitarras pelas quais tenho uma (forte) queda. Guitas com um diferencial, daquelas que você sabe que não estarão à disposição por muito tempo e, caso não consiga arranjar uma a tempo, vai ficar amargando a derrota por muitos anos até que uma nova edição seja lançada. A Squier Vintage Modified ’51 é uma delas. Neste mesmo visual, a série Fender Pawn Shop tem a sua versão, mais robusta, mas resolvi escolher a versão Squier, já que a linha Vintage Modified é uma edição bastante caprichada, considerando o valor de venda.


Como o nome já diz, este modelo é originalmente de 1951, e é mais uma das guitarras que “eram pra ser, mas não foram”. Isso quer dizer que ela não virou uma febre ou até mesmo transformou-se em um modelo extremamente popular. Mas isso não quer dizer que não seja muito desejada, principalmente por quem curte um instrumento fora dos padrões mais tradicionais. Em meados dos anos 2000, a Squier lançou a ’51 nas cores creme escuro (escudo preto), preta (escudo branco) e sunburst (escudo preto). Agora, na versão vintage modified, as cores são vintage blonde (escudo preto), vermelha (escudo branco) e sunburst (escudo branco). Você pode ver os três abaixo.


Como vocês podem ver, a configuração dos caps é HS, ou seja, um humbucker na posição da ponte e um single-coil na posição do braço. Apesar da ’51 ter corpo no formato Stratocaster, pode-se dizer que ela é uma espécie de mescla entre Strato e Telecaster. O headstock é de Tele e os knobs são muito mais para uma Tele também, porém sem a chave seletora tradicional. Temos um knob de volume e um knob de switch de captadores. Rodando o knob em sentido horário, o captador da ponte é acionado; na posição do meio, ambos os captadores; no sentido anti-horário, apenas o do braço. No knob de volume, através de um sistema push-pull, você pode transformar o humbucker em single-coil, deixando apenas a bobina interior funcionando.


Outras características são o corpo em basswood, braço em maple com acabamento satin e formato “C”, trasteira em maple com 21 trastes jumbo e peças cromadas. O ajuste do tensor é feito pelo headstock, diferentemente das originais de 1951, que eram feitas pela parte oposta, ou seja, era necessário remover o braço para ajustar o tensor. Em muitas reedições (por exemplo a Telecaster ’52 americana), esse detalhe foi mantido. Nesta Squier ’51, a vida do guitarrista foi poupada ;-)


Vale a pena testar uma Squier ’51 e também basicamente todas da série Vintage Modified. A Squier caprichou. Venha até a Garagem!




sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Dean Michael Schenker Signature Retro

Se você curte hard rock e heavy metal, com certeza já ouviu falar de Michael Schenker. O guitarrista alemão começou sua carreira como membro do Scorpions, junto com seu irmão mais velho, Rudolf. Não durou muito tempo para que Michael se sentisse “preso” na banda, uma vez que seu estilo é muito mais para um guitar hero do que para um comportado guitarrista solo de uma banda que compõe grandes hits focados em riffs e melodias de voz. Ao sair do Scorpions, Michael foi membro do UFO e, depois, fundou sua própria banda, o MSG - Michael Schenker Group. Sua carreira teve altos e baixos, parceria com o vocalista Robin McAuley, voltas do UFO e outras cositas más. O fato é que Schenker é considerado um dos grandes nomes do heavy metal. Tanto ele quanto Rudolf são conhecidos por tocarem com guitarras V. Então hoje vamos falar sobre a Dean Michael Schenker Signature Retro.


Dentre as várias Dean assinadas por Michael, a Retro é uma versão que remete a modelos usados por Schenker décadas atrás, e hoje é oferecida em um modelo bastante acessível em termos de custo. Seria uma versão “enxugada” daquela em que foi baseada. O formato V do corpo da Retro é baseada na Flying V da Gibson, com curvas mais arredondadas e vintage em comparação com Vs mais modernas e agressivas como a King V e a Randy Rhoads, da Jackson. O corpo é de mogno e o braço, colado, também. Com uma trasteira de 22 casas, a Dean Retro também mantém sua proposta vintage, já que não oferece duas oitavas por corda. Mas temos de lembrar que essa é a preferência de guitarristas old-school, como Michael Schenker.


A Retro faz o uso das cores branca e preta de uma forma bastante original e sem se tornar uma guitarra hi-tech. Como se pode ver pelas fotos, grandes “blocos” de cada cor são criados no corpo e escudo, fazendo com que as peças contrastem uma com a outra. O headstock também faz esse jogo com as cores da logo Dean mudando em contraste com a pintura. Alguns outros modelos de Schenker trabalham as cores de uma forma menos tradicional e contêm mais detalhes, mas a Retro é a preferida de muita gente, principalmente os fãs de Michael de longa data.


A Dean MS Retro vem com um humbucker standard no braço e um USA Dean DMT Michael Schenker “Lights Out” na ponte, dando um “turbo” a mais em bases e solos quando necessário. As peças são cromadas. A ponte é uma Tune-o-matic (no estilo Les Paul e Flying V) e as tarraxas são Grover.  A guitarra conta ainda com dois knobs de volume e um de tonalidade. A chave seletora é a tradicional de três posições. Esta versão da MS não vem com case, mas este pode ser comprado separadamente. Neste caso, a escolha da Dean foi para que a guitarra pudesse ser vendida no preço totalmente acessível. Quem quiser gastar um pouco mais, tem o case à disposição.


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