sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Dean Dave Mustaine USA Zero Korina

Há algum tempo escrevi sobre uma das Dean Dave Mustaine Signature. Hoje me animei a escrever sobre outra da linha DM que merece seu destaque. Apesar do main man do Megadeth ser conhecido por usar guitarras no estilo V, existem mais modelos com seu nome, como você pode ver. A Zero Korina é uma guitarra bastante especial e é também uma série limitada, perfeita para quem quer ter uma guitarra única, que provavelmente não deve ser lançada novamente (pelo menos não em muito tempo). Nas lojas americanas, por exemplo, este modelo é vendido segundo a escolha do comprador pelo número de série. Não é brincadeira!


Assim como outras top de linha que levam seu nome, a Zero Korina foi desenhada e planejada pelo próprio Dave Mustaine em conjunto com os experts da Dean. O corpo é feito em korina, similar ao mahogany, porém mais leve e com um timbre mais claro e “cortante”, único. Com um design Z-modified, baseado nas Gibson Explorer, mas com curvas mais agressivas e com ângulos bem definidos, a Zero Korina segue a mesma proposta de outras Dean de Dave Mustaine: um instrumento baseado em modelos clássicos, com atitude e modificações que tornam sua proposta mais agressiva e totalmente coerente com o som do Megadeth.


O braço da Zero Korina é feito em mahogany, em uma escala 25-1/2” e seu desenho é o D-shaped, preferido de Mustaine. Segundo Dave, a guitarra é “uma combinação perfeita de madeiras, parte elétrica e estilo”. O headstock tradicional das Dean de Dave Mustaine vem com tarraxas mini Grover in-line e detalhes vazados na cor natural, contrastando com o preto. A ponte é no estilo tune-o-matic mas, mesmo sem alavanca, a Korina vem com o design thru-the-body, no qual as cordas são presas atrás do corpo e passam pela madeira, produzindo um sustain imbatível.


Os caps desta linda guitarra são dois Dave Mustaine Duncan Live Wire, controlados por dois knobs de volume, um de tonalidade e uma chave de três posições, o setup preferido de Mustaine. As peças são na cor preta, as marcações são tanto em bolinhas como no estilo shark, mesclando, novamente, uma proposta clássica com uma mais agressiva. Inicialmente foram feitas 50 peças, como você pode ver na numeração da foto abaixo. Depois desse primeiro passo, mais algumas levas foram feitas. A Zero Korina é Made in USA e vem com o case junto.


E é isso, pessoal! Nos vemos na próxima semana!




sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Fender Artist Series James Burton Telecaster

Esta semana vamos continuar com a linha “guitarras que se destacam”. Assim como todas as pessoas passam por fases de gostar mais de uma coisa, depois mais de outra, qualquer guitarrista, por mais que tenha sua linha de instrumentos preferidos, de vez em quando gosta de dar uma “passeada” por outros horizontes e conhecer (e até colecionar) instrumentos diferentes, únicos. A guitarra desta semana é um dos modelos que eu mais gosto. A Telecaster, apesar de não ser tão versátil como uma Stratocaster, tem um charme e uma sonoridade única. E, como toda guitarra, pode ser modificada para se adaptar ao gosto do “dono”. É esse o caso da James Burton!


Esta Artist Series foi feita pela Fender como tributo ao grande James Burton, guitarrista de Nashville que tocou e/ou gravou com grandes nomes da música como Elvis Presley, Gram Parsons, Buck Owens, Merle Haggard, Elvis Costello, Joni Mitchell, Jimmie Dale Gilmore e outros. Esta Tele é um dos exemplos de guitarras “adaptadas”. Para ter uma gama de timbres mais vasta, três captadores single-coil, construídos de acordo com as preferências de James Burton, estão disponíveis para uma combinação única. Ao todo, há sete diferentes setups de timbres.


O switch de captadores funciona da seguinte forma:
Posição 1 – Captador da ponte
Posição 2 – Captadores da ponte e do meio em paralelo (em série ativando o switch S-1)
Posição 3 – Captadores da ponte e do braço em paralelo
Posição 4 – Captadores do meio e do braço em paralelo (em série ativando o switch S-1)
Posição 5 – Captador do braço

O sistema S-1 é um botão colocado no knob de volume do instrumento, e em diferentes guitarras cria diferentes configurações. As da James Burton são diferentes de outras, como a Baja Telecaster, a American Deluxe Telecaster ou a Jazzmaster HH, por exemplo.



Outras características são o corpo em basswood, braço em maple (uma peça) e no estilo anos 60, trasteira em maple, 21 trastes vintage-style, ponte hardtail American Vintage Strat, ferragens douradas e tarraxas pearloid. A James Burton vem em duas combinações de cores: preta com chamas azuis ou preta com chamas vermelhas. E como todo instrumento de ponta, um case tweed está incluído!


E é isso por hoje! Nos vemos na semana que vem!






sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Squier Vintage Modified '51

Nas últimas semanas venho escolhendo falar de guitarras pelas quais tenho uma (forte) queda. Guitas com um diferencial, daquelas que você sabe que não estarão à disposição por muito tempo e, caso não consiga arranjar uma a tempo, vai ficar amargando a derrota por muitos anos até que uma nova edição seja lançada. A Squier Vintage Modified ’51 é uma delas. Neste mesmo visual, a série Fender Pawn Shop tem a sua versão, mais robusta, mas resolvi escolher a versão Squier, já que a linha Vintage Modified é uma edição bastante caprichada, considerando o valor de venda.


Como o nome já diz, este modelo é originalmente de 1951, e é mais uma das guitarras que “eram pra ser, mas não foram”. Isso quer dizer que ela não virou uma febre ou até mesmo transformou-se em um modelo extremamente popular. Mas isso não quer dizer que não seja muito desejada, principalmente por quem curte um instrumento fora dos padrões mais tradicionais. Em meados dos anos 2000, a Squier lançou a ’51 nas cores creme escuro (escudo preto), preta (escudo branco) e sunburst (escudo preto). Agora, na versão vintage modified, as cores são vintage blonde (escudo preto), vermelha (escudo branco) e sunburst (escudo branco). Você pode ver os três abaixo.


Como vocês podem ver, a configuração dos caps é HS, ou seja, um humbucker na posição da ponte e um single-coil na posição do braço. Apesar da ’51 ter corpo no formato Stratocaster, pode-se dizer que ela é uma espécie de mescla entre Strato e Telecaster. O headstock é de Tele e os knobs são muito mais para uma Tele também, porém sem a chave seletora tradicional. Temos um knob de volume e um knob de switch de captadores. Rodando o knob em sentido horário, o captador da ponte é acionado; na posição do meio, ambos os captadores; no sentido anti-horário, apenas o do braço. No knob de volume, através de um sistema push-pull, você pode transformar o humbucker em single-coil, deixando apenas a bobina interior funcionando.


Outras características são o corpo em basswood, braço em maple com acabamento satin e formato “C”, trasteira em maple com 21 trastes jumbo e peças cromadas. O ajuste do tensor é feito pelo headstock, diferentemente das originais de 1951, que eram feitas pela parte oposta, ou seja, era necessário remover o braço para ajustar o tensor. Em muitas reedições (por exemplo a Telecaster ’52 americana), esse detalhe foi mantido. Nesta Squier ’51, a vida do guitarrista foi poupada ;-)


Vale a pena testar uma Squier ’51 e também basicamente todas da série Vintage Modified. A Squier caprichou. Venha até a Garagem!




sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Dean Michael Schenker Signature Retro

Se você curte hard rock e heavy metal, com certeza já ouviu falar de Michael Schenker. O guitarrista alemão começou sua carreira como membro do Scorpions, junto com seu irmão mais velho, Rudolf. Não durou muito tempo para que Michael se sentisse “preso” na banda, uma vez que seu estilo é muito mais para um guitar hero do que para um comportado guitarrista solo de uma banda que compõe grandes hits focados em riffs e melodias de voz. Ao sair do Scorpions, Michael foi membro do UFO e, depois, fundou sua própria banda, o MSG - Michael Schenker Group. Sua carreira teve altos e baixos, parceria com o vocalista Robin McAuley, voltas do UFO e outras cositas más. O fato é que Schenker é considerado um dos grandes nomes do heavy metal. Tanto ele quanto Rudolf são conhecidos por tocarem com guitarras V. Então hoje vamos falar sobre a Dean Michael Schenker Signature Retro.


Dentre as várias Dean assinadas por Michael, a Retro é uma versão que remete a modelos usados por Schenker décadas atrás, e hoje é oferecida em um modelo bastante acessível em termos de custo. Seria uma versão “enxugada” daquela em que foi baseada. O formato V do corpo da Retro é baseada na Flying V da Gibson, com curvas mais arredondadas e vintage em comparação com Vs mais modernas e agressivas como a King V e a Randy Rhoads, da Jackson. O corpo é de mogno e o braço, colado, também. Com uma trasteira de 22 casas, a Dean Retro também mantém sua proposta vintage, já que não oferece duas oitavas por corda. Mas temos de lembrar que essa é a preferência de guitarristas old-school, como Michael Schenker.


A Retro faz o uso das cores branca e preta de uma forma bastante original e sem se tornar uma guitarra hi-tech. Como se pode ver pelas fotos, grandes “blocos” de cada cor são criados no corpo e escudo, fazendo com que as peças contrastem uma com a outra. O headstock também faz esse jogo com as cores da logo Dean mudando em contraste com a pintura. Alguns outros modelos de Schenker trabalham as cores de uma forma menos tradicional e contêm mais detalhes, mas a Retro é a preferida de muita gente, principalmente os fãs de Michael de longa data.


A Dean MS Retro vem com um humbucker standard no braço e um USA Dean DMT Michael Schenker “Lights Out” na ponte, dando um “turbo” a mais em bases e solos quando necessário. As peças são cromadas. A ponte é uma Tune-o-matic (no estilo Les Paul e Flying V) e as tarraxas são Grover.  A guitarra conta ainda com dois knobs de volume e um de tonalidade. A chave seletora é a tradicional de três posições. Esta versão da MS não vem com case, mas este pode ser comprado separadamente. Neste caso, a escolha da Dean foi para que a guitarra pudesse ser vendida no preço totalmente acessível. Quem quiser gastar um pouco mais, tem o case à disposição.


Curtiu? Venha visitar a Garagem e testar quantas guitas você quiser! Até semana que vem!