sábado, 15 de agosto de 2015

PRS 30th Anniversary Custom 24 Quilted Maple 10 Top

Se você curte as guitarras PRS, esta é A GUITARRA pra você. Baseada na Custom 24 tradicional, com alguns detalhes e diferenciais, a edição de 30 anos de aniversário é o “Rolls Royce” das PRS. Apesar de manter quase todas as características da Custom 24 lançada em 1985, esta versão tem muito mais qualidade em todos os sentidos: desde a madeira, passando pelas peças, até os captadores e a parte elétrica. O capricho na escolha dos materiais e o selo 10 Top fazem desta uma verdadeira PRS digna da história da marca, então você vai ver que não é à toa que foi lançada em edição limitada (mesmo se você for comprar online nos EUA, os sites das lojas te dão a oportunidade de você escolher o número de série dentre as disponíveis).


O corpo double cutaway é o mais tradicional da PRS, instantaneamente reconhecido assim que você põe os olhos na guitarra. Na 30th Anniversary Custom 24, o corpo é sólido em mogno, com um top em maple. O braço, também em mogno, é colado ao corpo, com uma escala de 25” e ambos com um acabamento em gloss. O formato do braço é o chamado “pattern thin”, ou, em português, “padrão fino”, o que por si só já explica o tipo de conforto que você terá ao tocar nesta PRS. A trasteira é em rosewood, com 24 trastes medium jumbo, os preferidos de 8 em cada 10 guitarristas. O destaque vai para a marcação “birds” diferenciada para esta edição de aniversário. Confira na foto acima.


Na parte elétrica está um dos mais importantes diferenciais da 30th Anniversary Custom 24, os captadores. Munida de dois humbuckers “abertos” especialmente desenvolvidos por Paul Reed Smith, os PRS 85/15 são caps que chamam a atenção pela extrema definição de notas e maior gama de agudos e graves, proporcionando maior brilho e peso a uma guitarra que originalmente já é uma das favoritas dos amantes da PRS. Em alguns sites na internet você pode comparar gravações de partes iguais de músicas tocadas com uma Custom 24 “normal” e com a 30th Anniversary. Dá pra sentir a diferença.


Os dois knobs são um de master volume e o outro de master tone. Como estes humbuckers podem ser transformados em single coils, a chave seletora tem 5 posições, oferecendo uma gama de combinações muito maior do que o esquema de 3 posições, em que você escolhe um dos captadores individualmente ou os dois juntos. A ponte é uma Original PRS Tremolo /Vibrato e as tarraxas são as PRS locking, ou seja, com trava. Como você pode ver acima, a placa do tensor é exclusiva da edição de 30 anos.

O selo 10 Top, que faz parte desta edição, é um selo que garante que o top do corpo (em maple, neste caso) não tenho falhas ou manchas, garantindo uma qualidade e um visual de primeira classe ao instrumento. As guitarras com este selo vem com “10 Top” escrito na parte de trás do headstock. Hoje em dia, pouquíssimos modelos possuem esse nível de seletividade em seus materiais.

A 30th Anniversary Custom 24 10 Top, como não podia deixar de ser, vem com seu próprio hard case.


É isso, galera. Valeu por mais uma semana aqui conosco e esperamos você pra tomar um café na Garagem semana que vem! Estão todos convidados!






sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Gibson 2013 SG Tribute Future

Esta semana fiquei pensando qual era a guitarra entre as mais tradicionais da qual menos falei neste um ano e meio de colunas semanais para a Garagem. Fui pesquisar e dar uma olhada em tudo que já havia escrito e me chamou a atenção o quão pouco falei do modelo SG da Gibson. Imediatamente fui atrás de saber o que havia de diferente nas edições mais “simples”, mas que ainda assim fossem mais do que apenas o básico sem absolutamente nenhuma novidade ou diferencial. Não foi difícil achar a 2013 SG Tribute Future, uma edição da SG que, apesar de parecer simples, possui vários diferenciais e pode ser conseguida a um preço muito abaixo de uma Gibson Standard, isso sem falar em modelos ainda mais caros.


Se em um primeiro olhar você achou que este modelo é o equivalente da Gibson aos modelos Special da Epiphone, está enganado. Apesar de não vir com escudo e, com isso, ter um ar mais “leve”, a 2013 SG Tribute Future é uma guitarra especial, sim. Com um corpo e um braço em mogno, uma madeira tradicional das guitarras Gibson, este modelo é todo cavado no contorno do corpo para um look mais ousado e um conforto maior ao tocar. O braço é colado ao corpo e é considerado “assimétrico” para os padrões da Gibson, uma vez que a profundidade varia entre .800” no primeiro traste e .875” no décimo segundo traste, fazendo com que a maioria dos guitarristas se sintam mais confortáveis em cada uma das regiões. A trasteira é em rosewood e vem com 24 trastes (o que é raríssimo em uma Gibson), no formato medium jumbo. As marcações são trapezoid, como você pode ver acima.


Na parte elétrica, a 2013 Future Tribute vem com dois humbuckers zebra (meu visual favorito), um Gibson ’57 Classic na posição do braço e um ’57 Classic Plus na posição da ponte, para um som e um ataque mais aquecido e agressivo. Os ’57 Classics foram feitos para recriar os humbuckers Gibson PAF originais, e são feitos com ímãs Alnico 2 genuínos. O resultado é um som encorpado, rico em harmônicos “quentes”, sem perder a clareza e o brilho. Os knobs têm as funções tradicionais de dois volumes e duas tonalidades, um para cada captador. A chave é de três posições.


As ferragens, cromadas, têm um toque especial nos knobs, que raramente são usados nestes modelos em guitarras da Gibson. Você pode vê-los com clareza na foto abaixo. Para complementar esse visual, as tarraxas são mais do que especiais: também cromadas, são o modelo Steinberger “gearless”, as quais você usa afinando “por cima” do headstock, e não por trás, como as tarraxas tradicionais. O headstock vem com a logo da Gibson, e o famoso “Holly Logo”, além da placa que tapa o tensor com “Future” escrito nela. A ponte é uma Tune-O-Matic, típica de modelos SG e Les Paul. A 2013 SG Future Tribute vem com um gig bag exclusivo, mas um hard case pode ser comprado separadamente.


Falou, pessoal! É isto por hoje. Até semana que vem!




sexta-feira, 31 de julho de 2015

Squier Vintage Modified Baritone Jazzmaster Antigua

 A guitarra escolhida hoje para a coluna é definitivamente um modelo especial. Eu já disse em outras oportunidades que a linha Vintage Modified da Squier é realmente de alta qualidade para a proposta que a marca tem, e no caso da Baritone Jazzmaster Antigua a Squier juntou duas características únicas a um modelo especial, a cultuada Jazzmaster. Essas duas características são, primeiramente o modelo Antigua – que apresenta uma cor, uma pintura e um acabamento únicos – e, principalmente, o fato desta ser uma guitarra diferente, uma barítono, que praticamente se torna um outro instrumento, dependendo de como você for usá-la.


Como você pode conferir pela foto acima, a Baritone Jazzmaster possui um braço bem mais longo que o de uma guitarra “comum”, com uma escala de 30”, o que faz uma grande diferença na hora de tocar. Mas isso é necessário devido à grossura das cordas usadas, que vão desde .012 - .054" a .017 - .095"! A afinação mais usada em guitarras baritone é a de uma quinta perfeita (A D G C E A ou Bb Eb Ab Db F Bb). Mas há outras duas variações que muitos gostam de usar também. São elas a quarta perfeita (B E A D F B) ou a ainda mais grave terça maior (C F B E G C).

Em uma coluna passada eu falei sobre a Telecaster Antigua, que segue o mesmo padrão de visual opaco e envelhecido, que divide as opiniões e gostos dos guitarristas. O corpo deste modelo é em basswood sólido e acabamento em poliuretano. O braço é feito em maple e como é comum nos modelos da Fender, é aparafusado. A trasteira é feita em rosewood, com 21 trastes medium jumbo (nesse quesito igual às jazzmasters mais tradicionais) e marcações pearl block.


Na parte elétrica, a Squier Vintage Modified Baritone Jazzmaster Antigua vem com dois Duncan Designed (como é o padrão da linha). Na posição do braço, um JM-101N Alnico 5 e na posição da ponte, um JM-101B Alnico 5. Ambos são feitos para captar com mais profundidade e clareza o peso e a definição de graves e médios-graves que uma guitarra baritone proporciona. Os controles são bastante simples, o que para o meu gosto é perfeito. Um knob de volume master e outro de tonalidade master. A chave é a tradicional de três posições. Fácil, sem segredos e eficiente.


As ferragens são cromadas, contando com uma ponte fixa, o modelo Top Loader (também usada em algumas versões de Jaguars da linha Vintage Modified, principalmente naquelas em que a configuração de captadores é a de dois humbuckers, sem os controles de alteração de fase). As tarraxas são as estilo vintage, e a logo da Squier é naquela versão mais trabalhada, dando um toque especial a este modelo. O case pode ser comprado separadamente. No caso de uma guitarra como esta, não podíamos nos despedir sem dar uma ouvida no que ela pode fazer. Confira o vídeo abaixo:



E é isso esta semana! Sábado que vem tem mais!



sábado, 25 de julho de 2015

Dean Custom Run #13 Cadi 1980

Após muitas semanas falando sobre guitarras na linha mais tradicional, clássica ou vintage, chegou a hora de bater um papo sobre um modelo muito especial da Dean, que ultimamente vem se destacando com os modelos signature de Dave Mustaine – além, claro, de ter feito altas guitarras para Dimebag Darrell, do Pantera. A Custom Run #13 Cadi é uma reedição da Cadillac, dos anos 80, com algumas modificações que sempre são feitas para adaptar o relançamento aos dias atuais. Só pelo shape da guitarra você já pode sentir que ela é uma mescla de Explorer com Les Paul, e também é muito parecida com os modelos Washburn que Paul Stanley usou em sua turnê solo há alguns poucos anos.



Este modelo da Dean é feito de corpo sólido todo em mogno de primeira qualidade, assim como o braço, que é colado ao corpo e no formato C tradicional, bem clássico, para guitarristas que prezam instrumentos com uma proposta sem grandes aventuras nas modificações e trilham um caminho mais clássico. Tanto o corpo como o braço vêm com acabamento em gloss. Este modelo especificamente vem na cor Maple Flamed (existem versões Blue Flamed e Preta com peças douradas, esta última uma edição de aniversário). Toda a parte de trás da guitarra vem na cor preta. O tamanho da escala é de 24,75”. A trasteira, em ébano, vem com 22 trastes medium jumbo e marcações “block”, como você pode ver nas fotos.


Na parte elétrica, a Custom Run #13 Cadi conta com dois humbuckers EMG, um 81 na posição da ponte e um 85 na posição do braço. A questão de captadores ativos é sempre uma discussão entre guitarristas e é muito comum alguns músicos trocarem seus EMGs ativos por EMGs passivos como o HZ, mas certamente quem busca uma guitarra custom como esta já deve estar procurando por um look e um som próprios da proposta que a Dean apresenta. O diferencial no look destes captadores é que, diferentemente dos tradicionais, que vem na cor preta, estes são em “prata lixada”, combinando com o astral que a #13 tem.


As ferragens, assim como os captadores, são na cor prata envelhecida. A ponte é uma Tune-O-Matic Hardtail da Dean (ver foto acima) e as cordas são presas nela, não body-thru (por baixo do corpo). As tarraxas são as super especiais Dean Die-Cast e os knobs (dois de volume e dois de tonalidade) são no modelo Black Speed. Como você pode ver, o acabamento da #13 é todo feito com friso branco. Outra boa notícia é que, como toda custom que se preze, esta guitarra vem com hard case.


E é isso! Fiquem ligados na Garagem que estamos sempre com grandes novidades!




terça-feira, 14 de julho de 2015

COMPRANDO MINHA PRIMEIRA BATERIA !

Ah, enfim chegou o dia! Comprar sua primeira bateria! Seja com seu dinheiro ou seja um presente de alguém, que sensação hein?! Para nós, bateristas, acho que uma das melhores sensações que existem, concordam? Lembro de quando consegui minha primeira bateria importada, em 1994, uma Premier XPK7, linda ! E o prazer em abrir as caixas, hein?!



Mas restam algumas dúvidas. Qual a melhor bateria para comprar  Qual modelo? Qual marca? Acústica ou eletrônica? Uma mais cara para ficar com ela mais tempo ou uma mais em conta "só para começar"?
Antes da década de 90, quando o Brasil liberou as importações, era bastante difícil escolher entre as marcas nacionais (poucas de qualidade) e/ou o que pintava, daquele amigo que veio da gringa e trouxe uma bateria de lá. Após a liberação das importações, ainda que com alto custo de taxação, hoje temos no mercado uma gama enorme de opções de marcas, modelos, cores e propósitos. Mesmo que nosso mercado não se compare a um mercado norte-americano por exemplo, ainda assim você tem opções!



Minha primeira pergunta para você é: de quanto você pode dispor? Quantas prestações pode assumir e de qual valor cada ?
Uma vez respondida esta pergunta, você já tem um belo parâmetro por onde vai pesquisar seu kit.
Após escolher o valor máximo de investimento (bateria, pratos, banco), vamos para a segunda pergunta: você prefere um kit acústico ou eletrônico? Veja, são dois mundos diferentes e que na minha opinião se complementam e ajudam um ao outro. Não há por que ter preconceito nem com um tipo de kit, nem com outro. Mas posso garantir uma dica certa - se você mora em apartamento, lhe dou 98% de certeza que apenas uma bateria eletrônica vai resolver. Agora ... nada impede que você tenha as duas! (aplausos dos lojistas agora !)
Então vamos lá, você já sabe quanto pode gastar e partir disto decidiu o tipo do kit, acústico ou eletrônico.
Vamos falar de cada um deles para lhe ajudar na hora da compra.


Kits acústicos.
Procure observar a qualidade das ferragens. Se elas forem fracas ou simples demais, tenho certeza que em breve você vai ter que comprar outras novas. Considerando, claro, que você vai se dedicar a tocar bastante! Dê uma olhada no pedal, se oferece uma boa resposta. Vale a pena dar atenção à caixa, o tambor mais importante da bateria. Veja se aceita uma gama boa de afinações. Peça uma chavinha de afinação ao vendedor e dê algumas voltas nos parafusos para medir um pouco a tensão que o tambor aceita. Dependendo do valor da sua bateria, a caixa e o bumbo terão oito ou dez afinações. Evite, se puder, kits onde a caixa e/ou bumbo têm seis afinações. Normalmente são kits mais baratos e acho que não vão durar muito. Mas, se justamente este é seu kit, bem ... Procure ao menos cuidar bem dele para tentar uma revenda depois, quando for fazer seu upgrade de bateria.
Quantos toms deve ter minha bateria? Normalmente os kits vêm com dois toms e um surdo, mas não é impossível que você encontre uma bela oferta de um kit com três toms ou mesmo dois surdos. Hoje em dia os kits mais comumente vendidos vêm com estas medidas: toms 10" e 12" ou 12" e 13"; surdo 14" e/ou 16"; bumbo 20" ou 22"; caixa 14". Mas existem claro kits diferentes para propósitos diferentes onde temos medidas diferentes. Você pode, claro, escolher uma destas também, mas aconselho que seu primeiro kit seja algum mais versátil, que você possa tocar um belo rock, um blues, um samba ou jazz.




As peles que vêm nos kits normalmente não são as melhores, a não ser nos kits mais caros, portanto se achar legal, coloque no orçamento um kit novo de peles. Sobre peles falaremos em outra oportunidade.
Sobre o acabamento, deixo com você. Existem modelos laqueados, encerados, revestidos etc. A cor é uma escolha muito particular e você deve priorizar o som, claro.



Por outro lado, caso a bateria que você escolheu só esteja disponível no momento naquela cor meio enjoada, sugiro que encomende um kit do mesmo modelo e outra cor com seu lojista.



Kits eletrônicos.

Uma coisa é certa - TODOS os modelos e marcas vão necessitar de uma tomada e sem energia nenhum deles vai funcionar (risos). Mas são eles que vão te ajudar caso more em apartamento, certo?
Bem, assim como para kits acústicos, temos várias opções no mercado, mas cuidado com kits muito mais baratos, pois a qualidade sonora (samples) será vital na escolha.
Você precisa pedir para o lojista um bom fone de ouvido e gaste um tempo na bateria para testar e ouvir os timbres disponíveis no módulo. Não aceite fones ruins. Peça um que tenha alto nível de resposta para graves. Aliás, um belo par de fones e/ou um amplificador para sua bateria serão necessários. Caro? Bem, reflita: você não vai precisar comprar peles e nem pratos, certo?
Passe um a um os kits do módulo e repare o que este oferece como recursos. Quanto mais recursos, mais feliz você será e mais caro será. É a vida! Procure reparar na qualidade do rack que vem junto e na facilidade de mexer no módulo. Importante verificar a resposta das baquetas e do pedal, nos pads.
Para ambos os kits, acústicos ou eletrônicos, peça SEMPRE ao lojista para testar, ouvir o som. Não tenha vergonha ou medo de passar muitos minutos testando tudo o que quiser. Só para você ter uma ideia, a última vez que resolvi comprar uma caixa, permaneci na loja por cerca de três horas, testando apenas (pasme) quatro opções. No fim fiz uma escolha que não me arrependo em nada !


Caso você tenha um bom professor,  que esteja bem atualizado no mercado com relação a marcas, modelos e valores, vale a pena ouvir a opinião dele. Você pode não concordar com o gosto, mas certamente terá mais uma opinião profissional. Ouça também as dicas do lojista.


De qualquer modo eu mesmo me coloco à sua disposição para tirar suas dúvidas e dar boas dicas. Basta entrar em contato pelo nosso site oficial www.drumtime.com.br

Abraços e boas compras !

sábado, 4 de julho de 2015

Epiphone Riviera Custom P93 Red Royale

Quando se fala em guitarras Epiphone, há que se prestar bem atenção a quais Epiphones as pessoas estão se referindo. Por um lado, há as tradicionais Les Pauls, SGs, Firebirds e demais semelhantes às Gibson, que são consideradas uma versão mais barata e simplificada da marca. Você encontra, nesse quesito, guitarras que podem começar custando pouco mais de US$100 (nos EUA), até modelos de custo médio. Mas quando se fala em guitarras Epiphone semiacústicas, o capítulo é outro. A marca é tradicional em fabricar modelos clássicos que foram usados por grandes nomes da música, como John Lennon e Noel Gallagher (apenas para citar dois). O approach da marca em relação a essas guitarras é muito mais caprichado, com detalhes clássicos que fizeram história ao longo do tempo. Esse é o caso da Riviera Custom P93.


A Epiphone Riviera Custom P93 foi baseada em um dos maiores clássicos da Epiphone, a Riviera, que começou a ser produzida no começo dos anos 60. Ao longo do tempo, a Riviera foi uma das guitarras preferidas de grandes nomes da música, desde músicos mais tradicionais até aqueles que fazem um som totalmente alternativo. A Riviera foi produzida em diferentes versões: com e sem Bigsby, com captadores humbucker, mini-humbucker e os clássicos P90. A Riviera Custom P93 foi feita com algumas modificações para valorizar ainda mais o modelo, e está se tornando um clássico por si só.

O corpo da Custom P93 é feito em maple laminado com um bloco central de mahogany, para maior ressonância e vibração, valorizando uma excelente tonalidade e um ótimo sustain e evitando que os f-holes, sozinhos, façam com que o som se torne pouco firme. O braço, em mahogany, tem uma escala de 24.75” com um formato D Slim Taper, ou seja, em um shape “gordo” porém levemente diminuído para agradar desde os músicos mais tradicionais aos mais modernos. A trasteira, em rosewood, conta com 22 trastes medium jumbo e marcações pearloid “parallelogram”, como você pode ver pelas fotos abaixo.


Na parte elétrica, a Riviera Custom P93 vem com três Epiphone Dogear Classic P90, feitos com Alnico V. A gama de possibilidades em termos de timbres é extensa. Os quatro knobs funcionam de uma maneira diferente nesta guitarra. Temos três controles de volume – um para cada captador – e um controle de tonalidade – para todos eles ao mesmo tempo. A chave de três posições é a tradicional, mas aqui o resultado é outro: na posição do meio, todos os captadores são acionados, o que faz com que você possa mesclar quanto quer de cada um através dos controles de volume individuais. Muito bom!


As ferragens são cromadas nesta versão (há versões em que as ferragens são douradas). A Custom P93 conta com um tremolo Bigsby B70, uma ponte Tune-o-matic e tarraxas Wilkinson de alta precisão. No headstock, o símbolo vintage da Epiphone e na placa que cobre o tensor,  a logo tradicional “E” que você encontra em guitarras mais clássicas da marca. A Riviera Custom P93 é fabricada na China, mas o que uma vez já quis dizer falta de qualidade, hoje não tem mais esse significado. Até mesmo a Fender tem linhas especiais fabricadas na China, como a Coronado e a Starcaster. O hard case da Custom P93 não está incluído, mas pode ser adquirido separadamente.


E por hoje é isso! Aproveitem o fim de semana e se segurem: semana que vem temos algumas surpresas para vocês!




sábado, 27 de junho de 2015

PRS S2 Standard 24 Bird Inlays

Talvez seja impressão minha, mas as guitarras PRS, por algum motivo, não são uma unanimidade em termos de popularidade em comparação às Fender e Gibson. Mas quem conhece sabe que a marca é impecável nos instrumentos que fabrica. Ao mesmo tempo em que você encontra aquelas pessoas fissuradas em PRS, que encaram a marca como algo especial, diferenciado, tem também aqueles que de alguma forma sentem que as PRS são guitarras “quase-Gibson”, porém nunca chegando a ter aquela pegada e visual mais rock ‘n’ roll que as Les Pauls, as SGs e as Firebirds têm. Claro que isso é só opinião. Mas mesmo assim não é tão comum você ver PRSs nas mãos de tantos artistas assim. Alguns que me vêm à cabeça são o eterno PRS-crazy Carlos Santana, a ex-guitarrista do Michael Jackson e do Alice Cooper, Orianthi (que conseguiu seu endorsment da marca pelo Santana), a guitarrista do Prince, Donna Grantis, e o vocalista do Nickelback, Chad Kroeger. Só por aí (independente do que falam), você já pode sentir a versatilidade das PRS.


A linha S2 Standard 24 é o que a PRS chama de “um clássico reimaginado”. Isso porque as PRS Standard foram originalmente introduzidas no mercado em 1987. Esta nova edição procura se basear nas originais da década de 80, porém com uma pegada mais versátil, oferecendo uma guitarra que nas próprias palavras de seus fabricantes, “serve tanto para quem quer tocar direto plugado no amplificador, como para quem gosta de uma tonelada de efeitos”. Com um corpo double cutaway em mahogany maciço, a S2 Standard 24 oferece ressonância e vibração sonoras de alta qualidade, assim como um sustain inigualável. O braço, colado, também em mahogany, faz com que esta guitarra seja feita inteiramente de uma madeira que provoca tonalidades quentes, suaves e sem aquela agressividade indesejada, típica de algumas madeiras que valorizam frequências médias de forma exagerada.

A trasteira, em rosewood, vem com 24 trastes medium jumbo, como é a proposta desta linha, que já define esta característica no seu título. A escala tem 25” e as marcações são as tradicionais “Bird” da PRS. Vale lembrar que a marca oferece uma versão da S2 Standard com marcações dot (bolinha), a um preço reduzido.



Na parte elétrica, a S2 Standard  vem com dois humbuckers dignos de uma grande guitarra. Na posição do braço, um S2 HFS Vintage Bass, e na posição da ponte, um S2 HFS Treble. Como os nomes já dizem, estes captadores têm a mesma “origem” de proposta, mas são claramente feitos cada um para sua posição: um valorizando os graves e o peso necessários para situações de menos ataque, e outro valorizando os médios e agudos para poder tocar com agressividade e qualidade juntas. A PRS fez questão de manter estes humbuckers aparafusados no escudo, diferentemente de outros modelos, onde os captadores são aparafusados no corpo. Segundo os técnicos, apesar das variações, a S2 Standard tem de manter o máximo de características tradicionais da guitarra na qual foi baseada. Temos dois knobs, um de master volume e um de tone control, ou seja, ambos controlam os dois captadores. A chave seletora é a tradicional de três posições.


As ferragens são cromadas e de uma qualidade digna de uma guitarra Made in USA. A S2 Standard conta com um tremolo/vibrato original da PRS, tarraxas PRS S2 Locking (com trava) para um controle de afinação o mais preciso possível. Esta é uma guitarra versátil também nas suas opções de cores, que são muitas: Antique White, Vintage Cherry, McCarty Tobacco Sunburst, Black, Sienna, Vintage Mahogany e a mais-do-que-vintage Seafoam Green. A S2 Standard vem com seu próprio gig bag, mas um hard case pode ser comprado separadamente.


E é isso esta semana, pessoal! Venham visitar a Garagem sempre que quiserem!



sábado, 20 de junho de 2015

Washburn N4 Nuno Bettencourt Signature

E já que tivemos o show do Extreme recentemente por aqui, resolvi escolher a Washburn N4 Nuno Bettencourt Signature para a coluna de hoje. Quem foi no show com certeza ficou impressionado não só com a banda toda, mas principalmente com a pegada, a precisão e o timbre de Nuno Bettencourt e sua N4. Para mim, pelo menos foi um dos shows desse estilo de música que mais mostrou nível de musicalidade e profissionalismo até agora. Para quem acompanha a carreira de Nuno e do Extreme, a N4 não é uma guitarra “estranha”, afinal ele já usa esse modelo desde o início dos anos 90. Na época dos álbuns solos de Nuno, a Washburn fez um modelo um pouco mais tendendo para o vintage, mas a ideia não colou. Nuno Bettencourt voltou com sua N4 (que no show tinha o adesivo ao contrário – 4N).



A Washburn N4 foi originalmente lançada em dezembro de 1990 e feita nos moldes das preferências de Nuno Bettencourt, juntamente com a Washburn, baseada em uma guitarra “Frankenstein” que ele usava e que era feita com um corpo Schecter e um braço Mamoth. A partir disso, foi-se formando o que seria uma guitarra perfeita em tamanho e sonoridade para o guitarrista do Extreme. Os primeiros modelos foram a N4 (a top de linha) e a N2, um modelo mais simples. Através dos anos muitas variações foram criadas, dentre elas a sete cordas N7, a 12 cordas N12 e a mais-do-que-barata e para iniciantes N1.

O corpo da N4 é feito de alder sólido e o braço é em maple. Tanto a madeira quanto as ferragens são envelhecidas “em laboratório” para dar aquele look “quase estragado”, mas com o charme de uma guitarra que já foi muito usada. Apesar de Nuno ser considerado um guitar-hero, a trasteira em ébano da N4 tem 22 trastes e não 24, como é comum em guitarristas mais virtuosos, que querem duas oitavas completas para cada corda. Como você pode ver pela foto, a trasteira não tem marcações de casas. Estas estão apenas na parte de cima, onde a trasteira encontra o braço e, portanto, só o próprio guitarrista consegue vâ-las.


Na parte elétrica, a Washburn N4 conta com dois humbuckers. Um Seymour Duncan ’59 na posição do braço e um Bill Lawrence L-500 na posição da ponte. O som dessa guitarra ao vivo é exatamente o que você escuta em álbuns clássicos do Extreme com Pornograffitti e Three Sides to Every Story, além do pouco reconhecido Waiting for the Punchline, já lançado na época do grunge e da decadência do hard rock anos 80. Peso, brilho, definição e clareza incríveis, que com certeza se maximizam ainda mais na mão perfeita de Nuno, que não vacila um segundo e está sempre consciente de nota por nota do que está tocando.


As ferragens, em preto (e às vezes em edições com tarraxas em prata e em outras com todas as ferragens em dourado), contam com uma ponte original Tremolo Floyd Rose, lock nut no encontro do braço com o headstock que possui um sistema anti-buzz, o Buzz Feiten Tuning System, e tarraxas Grover 18:1. A junção do headstock e do braço é especial, com tecnologia desenvolvida por Stephen Luthier. Se você prestar atenção, verá que o headstock da N4 é bastante inclinado para trás, diferentemente dos headstocks mais tradicionais da Fender, ou até mesmo da Gibson, que possuem uma inclinação mais leve. Estranhamente, em uma guitarra tão especial e cara (cerca de US$2500 nos EUA), a N4 não vem com hard case, apenas com um gig bag. Mas você pode comprar seu case separado.


Bom fim de semana a todos! Esperamos vocês aqui na Garagem!




terça-feira, 9 de junho de 2015

A segunda peça mais importante da bateria

Olá pessoal ! Vamos para mais uma matéria aqui no Blog da Garagem !

Vamos tratar de falar um pouco sobre a segunda peça mais importante da bateria. "Ahhh Joel, agora sim, né? Vamos falar dos pratos, da caixa?..." Respondo: não !!!
A segunda peça mais importante da bateria, na realidade está fora da bateria, porém muito ligada a você, baterista. Sabe qual? AS BAQUETAS! Sim, meu caro batera, as baquetas! Lá vem de novo aquele ou aquela que quis economizar e comprou 10 pares sem marca, por "deizão" cada par, num oferta na loja (geralmente ficam num baldão no balcão!). Péssima, péssima ideia !
A baqueta está diretamente conectada à sua mão. É ela que vai receber e transmitir toda a energia gerada no impacto no tambor ou pratos. Você já deve ter visto aqueles vídeos em super-slow motion mostrando como reagem peles e pratos ao impacto do toque de um baterista, certo?
Então, a mesma energia se transfere para as suas mãos. Pense nisto! Justamente por isto é que um bom par de baquetas vai assegurar uma resposta adequada.
Mas como comprar um par de baquetas de qualidade? Bem, existem diversas marcas no mercado hoje em dia. Nacionais e importadas. Pessoalmente uso desde 1994 a marca Vic Firth, mas você pode escolher marcas e modelos que lhe agradem. Não pense apenas no bolso e sim na qualidade de resposta da baqueta, que vai influenciar diretamente na sua técnica. Quando visitar uma loja para comprar novas baquetas, peça para testar o par rolando-as em uma superfície lisa e reta. Repare se, ao rolar, elas mostram algum problema na estabilidade.


Por exemplo, se uma delas ou ambas estiverem empenadas, vão rolar "como uma banana", tortas. Você vai reparar.

Este é um teste inicial. Depois, você pode observar se existem muitas ranhuras ou algum tipo de pequena ferpa no corpo da baqueta. Estes podem ser pontos de fragilidade e na primeira virada você pode acabar quebrando. 




A seguir, coloque as baquetas de pé, juntas, para ver se estão alinhadas em tamanho e corte do pescoço (shape).


Se estiver tudo certo, parta para o teste final : peça ao lojista um pad de estudo e toque um pouco no pad. Alguns toques simples e duplos são suficientes para você sentir a pegada das baquetas. Você também pode tentar sentir o peso de cada uma delas. Já é um pouco mais difícil, mas se forem muito diferentes, você vai perceber e deixar de lado. Como na matéria passada, sugiro não economizar nas escolha das baquetas, porque sim, baquetas ruins ou muito ruins, vão afetar seu "play"!

As boas marcas tratam as baquetas de modo altamente tecnólogico na hora da fabricação. Medem a resposta de cada baqueta, peso, shape, ângulos etc. Existem vários víideos na web onde você pode perceber este processo. Particularmente indico baquetas de madeira chamada Hickory, mas existem outras diversas madeiras, bem como modelos. Mas para este assunto em especial, vamos aguardar uma nova matéria bem interessante ! Abraços.

sábado, 6 de junho de 2015

Fender Jim Adkins JA-90 Telecaster

Seguindo o astral da minha última coluna, na qual falei sobre a signature Richie Kotzen, esta semana vou falar de um modelo signature também. Desta vez é a do vocalista e guitarrista da banda Jimmy Eat World, Jim Adkins. Você pode não ter ouvido falar muito dele, mas não importa. O que realmente importa aqui é que esta Telecaster é uma história à parte e um modelo mais do que especial, que merece ser visto de perto. Só batendo o olho já dá pra perceber que estamos falando de uma Tele totalmente modificada e adaptada para ser um instrumento excepcional e único. Vamos lá então!


Diferentemente de outros casos, onde a marca de guitarras vai atrás do artista de sucesso, a parceria entre Jim Adkins e a Fender começou com a procura dele pela marca. Jim tinha modificado suas próprias Teles e propôs à Fender fazer um modelo baseado nessas guitarras e que fosse bastante atraente para amantes de guitarras diferenciadas.

A Telecaster Jim Adkins possui um corpo hollow-body em ash e um braço em mahogany. Detalhe importante – e que você pode em fotos abaixo –, é que o braço é colado no corpo, o que é fora dos padrões das Telecasters e da Fender em geral, onde os instrumentos têm os braços aparafusados. O formato do braço é o chamado “C modern”, baseado no tradicional “C”, porém um pouco mais fino, para uma mobilidade mais fácil ao longo das oitavas. A trasteira é em rosewood com 22 trastes medium jumbo e marcações dot, uma das poucas características tradicionais de uma Fender.


Na parte elétrica, a Jim Adkins conta com dois captadores single-coil Seymour Duncan P-90, mas cada um com uma característica. O da posição do braço é um SP90-1 Vintage, feito com as bobinas mais curtas e largas, proporcionando um nível de saída mais potente e a região de frequências médias mais acentuadas do que captadores single-coil tradicionais de Telecasters e Stratocasters. Na posição da ponte, um SP90-3B Vintage, feito com ímãs de cerâmica, com um output alto, mais ataque e compressão natural do que os P-90 tradicionais que você encontra nas próprias guitarras da Fender.


Na parte de controles e ferragens, pode-se dizer que a Telecaster Jim Adkins é praticamente uma Les Paul. Os quatro knobs têm a configuração de dois knobs de volume e dois de tonalidade, cada um para cada captador. A chave é de três posições, assim como as Les Paul também. As ferragens, cromadas, contam com uma ponte Adjusto-Matic, com o visual idêntico aos mais tradicionais modelos da Gibson. Como você pode ver pelas fotos abaixo, esta Tele é inteira pintada, inclusive o headstock, diferentemente da maioria das Fenders, em que o braço e o headstock são frequentemente na cor original da madeira, às vezes com um verniz por cima ou apenas um selador. O case da Jim Adkins não está incluído, mas pode ser comprado separadamente.


Bom fim de semana a todos! Esperamos vocês aqui na Garagem!




terça-feira, 26 de maio de 2015

A peça mais importante da bateria

Olá pessoal, leitores e leitoras do Blog da Garagem !

Gostaria de iniciar esta série de colunas perguntando a vocês, qual a peça mais importante que vocês devem considerar em um kit de bateria? Sei que muitos vão pensar: a caixa ou os pratos. Mas estão errados! Apesar de todos nós adorarmos um belo som de caixa, um mágico som de prato de condução e por aí vai, a peça mais importante a hora de comprar é o ... BANQUINHO !!! Sim, o banquinho é a peça número um a ser considerada! "Joel, você está ficando louco? Acabei de comprar uma bateria de 12 mil reais e você vem falar no banquinho?"

Sim! Vamos pensar. Se você possuir uma caixa mediana ou menos, com um som que não te agrade em nada, isto lhe causará algum problema de saúde ? Não. Se você possuir pratos que mais parecem tampas de latas, o que mais trarará de problemas além da vontade de jogá-los pela janela ? Agora, se você tiver o hábito de usar aquele banco de cozinha, uma cadeira velha da sala ou comprou aquele banquinho de "cemzão" só porque o vendedor falou que servia para começar, pode saber que em pelo menos três meses você vai começar a sentir algum desconforto nas costas e se insistir no banquinho ruim, pode ter certeza que as dores vão chegar.

Exemplo de bancos "péssima compra" :





O banquinho é de fato seu ponto de equilíbrio no kit. É nele que você estar sentado por horas e horas fazendo algo que você ama, que é tocar bateria. Você precisa estar, no mínimo, bem confortável.
Tenho visto muitos bateristas, profissionais ou não, que usam banquinhos medíocres, sem o menor conforto ou que ofereçam uma boa estabilidade na hora de tocar. Daí claro, já chegam reclamando de dor na bunda ou nas costas. É muito mais barato você investir em um banco decente do que em fisioterapia ou mesmo alguma medicação caso a coisa se torne complicada. Ao chegar em uma loja para comprar um banco, faça como se fosse comprar um colchão: experimente!
Sente nos bancos disponíveis, de preferência como se fosse tocar em uma das baterias da loja.

Repare na regulagem. Existem tipos diferentes, como hidráulicos, de rosca, de memória e parafuso (este último acho o mais barato e pior). Alguns têm regulagens incríveis, como amortecedores, como este da foto abaixo.


Tudo depende realmente de seu peso e como sua anatomia responde à do banco. Quanto a assentos, existem vários tipos também. Redondos, anatômicos, formato de selim, com recorte, com espessura dobrada e até quadrados!  Também existem aqueles com encosto, que ajudam muito na postura, mas que são um pouco chatos de carregar e custam bem mais. Repare nas fotos dos diversos tipos de bancos.







Normalmente escolho bancos que possuem três pés, mas existem de quatro pés também.



Confesso que nunca usei e acho que três pés asseguram bem a estabilidade. Confira o tipo de pezinhos. Sugiro os mais emborrachados e resistentes. Não esqueça: você depende deles para uma boa estabilidade. Repare também se o banco não apresenta nenhum jogo entre as travas ou memórias ou mesmo entre o encaixe do assento e o pino da ferragem. O que vale mesmo é você poder se sentar nele na hora da compra! Até a década de 60 eram comum os famosos "canister drum stools", fixos, sem mobilidade, que pareciam um cano de madeira com um assento em cima. Isto era assim porque até a década de 40 se carregavam algumas peças dentro do "drum stool".



Mas hoje você pode e deve se beneficiar de toda tecnologia e usar bancos que possam assegurar seu movimento no kit de forma segura. Na década de 30 é que apareceram os primeiros bancos anatômicos, mas de madeira, como o que usava Gene Krupa. Particularmente gosto dos bancos com selim estilo motocicleta e os redondos com espessura dobrada e maior tamanho, mas vai de cada baterista. Já usei certa vez um modelo com assento estilo selim de bicicleta e para mim não funcionou. Depois de duas horas de show eu estava "amortecido" (risos). Os hidráulicos são bacanas porque ficam em qualquer altura e são rápidos para regular. Só necessitam de cuidado para transportar, para não bater e assim vazar o gás (o qual pode ser recarregado).

Então, meus amigos(as) bateras, pensem bem quando forem comprar seu instrumento ou acessórios.
Não deixem de lado um bom banco só porque já gastaram muito com a bateria ou pratos.

Não tenha vergonha de, ao estar na loja, pedir para ver, testar e sentar nos modelos disponíveis e assim garantir que a peça mais importante da bateria seja aquela que se encaixa (literalmente) de modo perfeito com você!