sábado, 28 de março de 2015

PureSalem Tom Cat

A guitarra desta semana é talvez a que eu mais tenho desejado nos últimos meses. Tenho ficado de olho nos modelos da PureSalem há algum tempo, e se você acompanha a coluna vai se lembrar que já falei de uma PureSalem no passado, a Brave Ulysses. Desde então, esta marca de guitarras diferenciadas vem investindo em seus modelos e grandes guitarristas têm aparecido em fotos, propagandas e, claro, no palco, com algum modelo. São instrumentos na linha vintage, mais ou menos como as guitarras Eastwood e Airline, feitas para amantes do diferencial e que tenham um estilo que se baseie mais em uma proposta sonora do que em um virtuosismo “guitarrístico”. O modelo de hoje é a Tom Cat.


A Tom Cat da foto acima é o modelo fabricado até outubro de 2014, com ponte fixa e nas cores  Traditional Burst, Banana Puddin Cream and Rosewood Veneer. A PureSalem vende unicamente a partir de seu site oficial, e a Tom Cat variava entre $600 e $800 dólares. Os novos modelos vêm com Bigsby e nas cores Black e Vintage White, aquele branco envelhecido, tendendo para o creme. O preço aumentou para $1100 devido às modificações feitas e ao nome que a PureSalem vem conquistando. O corpo e o braço da Tom Cat são ambos em mahogany, com o braço colado e em formato “C” shape, o mais tradicional entre as guitarras vintage. A pegada é firme. O headstock vem com a logo da marca e com o nome do modelo, além de curvas especiais no modelo Vintage White.


A Tom Cat foi batizada devido a uma música de Muddy Waters que tem esse nome e está no álbum de 1968, Electric Mud. Fotos da época mostram Muddy com uma guitarra muito parecida com a Tom Cat e a imortalidade de gênios continuam a inspirar o mundo da música de diversas maneiras. A trasteira da Tom Cat é em rosewood com marcações “bloc”, 22 trastes e uma escala de 24.3/4”. As tarraxas são Vintage Grover.


No novo modelo, a Tom Cat conta com um Bigsby B5 nos modelos tradicionais e uma ponte fixa nos modelos canhotos. Os captadores são dois Custom Wound P90 com timbres aveludados que podem variar do mais suave até um som com mais ataque e crunch, dependendo da escolha de efeitos e da pegada que você resolver aplicar nas cordas. Uma chave seletora de três posições tradicional seleciona cada captador individualmente ou os dois em conjunto, e temos ainda dois knobs de volume – um para cada cap – e um knob de tonalidade. Confira o vídeo abaixo e ouça do que a Tom Cat é capaz!



Espero que tenham gostado! Bom fim de semana a todos! 



sábado, 21 de março de 2015

Fender Custom Shop David Gilmour Signature Stratocaster

Depois de algumas semanas seguindo a linha Epiphone, hoje vou falar de uma guitarra que fez história juntamente com seu “mentor”, o guitarrista do Pink Floyd e artista solo David Gilmour. Se você curte o mundo das guitarras com certeza já viu esta maravilha várias vezes, e em situações de grandes performances. Diz a lenda que a guitarra original que deu origem a esta signature foi usada nos álbuns Dark Side of the Moon, Wish You Were Here, Animals, além do álbum solo On An Island. O time da Fender Custom Shop trabalhou duro ao lado de Gilmour e seu técnico Phil Taylor para chegar a uma guitarra signature digna de um deus da guitarra. Vamos vê-la mais de perto?


Esta signature vem com um corpo em alder, todo em preto, apenas com os captadores, a chave seletora e os knobs em branco, dando aquele destaque e um toque único que a diferencia de qualquer outra Stratocaster. O braço é uma peça única em maple, com o tradicional formato “C” e uma trasteira também em maple. Os 21 trastes são os chamados “Fender Vintage”, o que, obviamente, dispensa comentários.  A escala tem 25,5”. Quem já viu e ouviu Gilmour em ação com esta guitarra pôde ter uma boa ideia do impacto sonora e visual que ela possui.


Na parte elétrica, esta signature conta com três captadores escolhidos a dedo. Na posição do braço, um Custom Hand-Wound Fat 50’s Strat, que como o nome já diz, foi enrolado a mão para garantir o timbre e a consistência que Gilmour exige. Na posição do meio, um Custom Wound Strat. Na posição da ponte, um Seymour Duncan SSL-5, um dos captadores mais aclamados por amantes de Stratocasters e um favorito de David Gilmour. A chave é a tradicional de cinco posições, mas há um diferencial: uma chave adicional pode ativar o captador do braço tanto quando você escolhe apenas do cap do braço ou da ponte!


A ponte da David Gilmour é uma Vintage Stratocaster que vem com uma alavanca “diminuída”, mais curta, de acordo com o gosto de Gilmour. Dessa forma, a alavanca não fica tão perto da mão do guitarrista e é acionada apenas quando realmente essa é a intenção. Nunca por acidente. As tarraxas são as Vintage Tuning Keys, no estilo antigo da Fender e as peças são todas cromadas. É claro que esta signature vem com um case especial, com a assinatura de Gilmour, além de, dependendo onde você adquirir, um set de presentinhos básicos, como um cabo Evidence,  um DVD e CD duplo com o show Live in Gdansk, e o livro de Phil Taylor, The Black Strat, sobre a história desta guitarra imortal.


Valeu, pessoal! Bom fim de semana!




sábado, 14 de março de 2015

Epiphone “Spaceman” Tommy Thayer Les Paul Limited Edition

Para comemorar a vinda do Kiss para o Brasil, não aguentei e me adiantei para falar sobre uma guitarra que merece uma atenção especial. É a Epiphone “Spaceman” Tommy Thayer Les Paul Limited Edition. Os fãs mais ardorosos e puristas do Kiss ficam revoltados que Tommy seja chamado de Spaceman, já que essa era a maquiagem e o personagem criados por Ace Frehley. Mas o Kiss, sendo uma das bandas mais business do mundo, foi transformando sua própria imagem em uma espécie de franchise e hoje em dia Paul Stanley chega a afirmar que a banda continuará sem nenhum de seus integrantes originais. O fato é que o Kiss continua a mil e, de uma forma ou outra, Tommy Thayer está sendo bem recebido, tanto que agora tem sua própria signature.


Diferentemente das Les Paul de Ace, que eram quase todas na cor sunburst, as guitarras de Tommy são prateadas, combinando com a maquiagem e com o figurino. Em muitos momentos você verá o guitarrista usando um modelo Explorer bastante similar, em prata flake também. Mas as laterais e a parte de trás do corpo vêm na cor preta. O corpo desta Les Paul é em mahogany e o braço, colado a mão, também. Com uma escala de 24.75”, o braço é no formato “1960s SlimTaper D”, ou seja, com aquele shape mais robusto, mas com as curvas mais adaptadas para facilitar a movimentação. Seria uma mescla de um formato tradicional com uma proposta mais moderna, adaptada ao rock ‘n’ roll do Kiss. A trasteira é em rosewood com marcações trapezoid.


Na parte elétrica, esta Epiphone tem punch de Gibson. Munida de dois humbuckers Gibson 498T, que são captadores com um som parecido aos originais PAF, mas com um aumento nas frequências médias para obter mais ataque, principalmente em sons em que há uma segunda guitarra, onde é preciso “separar” o timbre de uma e de outra. Os Gibson 498T são feitos com ímãs Alnico V de primeira qualidade, e nesta versão, o da posição do braço vem com o “cover” prateado e o do ponte vem aberto, evitando assim menos possibilidade de feedback e microfonia em situações de distorção mais agressiva.


As peças da Spaceman são cromadas, com uma ponte Tune-o-matic, clássica de Les Pauls há mais de 50 anos. Os knobs (dois de volume e dois de tonalidade) vêm com potenciômetros de 1” de diâmetro para mais resistência e confiabilidade. As tarraxas são Grover Deluxe Vintage, o logo Epiphone no headstock é em prata (como não poderia deixar de ser nesta guitarra), e a placa que cobre o tensor vem com o nome Tommy Thayer escrito. Para deixar a coisa ainda melhor, um case prata acompanha!


Curtiram? Então preparem-se para o show do Kiss em breve!




sábado, 7 de março de 2015

Epiphone Tom Delonge Signature ES-333

Esta semiacústica é, para mim, uma das mais originais que surgiram nos últimos tempos. A Tom Delonge, tanto nas versões da Gibson quanto da Epiphone, são guitarras bastante específicas e podem enganar quem acha que está lidando com um instrumento que soa parecido ao visual que apresenta. Se em um primeiro olhar você está vendo uma semiacústica tradicional, olhe de novo. Praticamente todos os detalhes vão te mostrar que o som que vai sair desta guita não é tão tradicional assim.



A começar pela pintura, a Tom Delonge já inova. Na versão Gibson ela é branca com as listras pretas. Nesta versão da Epiphone, marrom esverdeado com listras creme. O guitarrista do Blink 182 esteve diretamente envolvido no design e projeto de sua signature, que foi feita para ter todos os detalhes que combinam com o som que ele prefere. O corpo desta guita é de maple laminado com um bloco maciço de mahogany no centro, para maior vibração das frequências. O braço também é em mahogany e “encontra” o corpo na altura do traste 17. O braço é no estilo 1960 slim profile, ou seja, mais fino, promovendo a facilidade de “escorregar” por toda a área, perfeito para quem gosta de agilidade.


A trasteira é em rosewood com marcações bolinha, bem leves, para não tirar a atenção do design do corpo, e tem 22 trastes. As peças são cromadas, e incluem tarraxas Grover 16:1 para garantir o máximo de durabilidade e estabilidade, além de uma ponte LockTone (estilo Tune-o-matic) e um tailpiece que faz com que a troca das cordas seja a mais fácil possível, garantindo também a qualidade da afinação de oitavas.


Como você pode ver pelas fotos, a Tom Delonge aposta na simplicidade e na qualidade. Munida de apenas um humbucker e um knob de volume, esta guitarra foi feita para ter aquele som específico que o guitarrista está querendo usar e que não deve variar muito a não ser pelo uso de pedais. O humbucker escolhido foi o Gibson USA Dirtyfingers, na posição da ponte, e que segundo Delonge é uma mescla perfeita entre “ataque e sujeira”. Isso em uma semiacústica, com certeza é algo especial. Tom diz que desde que usou esse captador pela primeira vez, sentiu que sua guitarra teria de ter um som assim. E ele conseguiu com sua signature.


Valeu galera! Curtam o fim de semana, que o som continua!