sexta-feira, 31 de julho de 2015

Squier Vintage Modified Baritone Jazzmaster Antigua

 A guitarra escolhida hoje para a coluna é definitivamente um modelo especial. Eu já disse em outras oportunidades que a linha Vintage Modified da Squier é realmente de alta qualidade para a proposta que a marca tem, e no caso da Baritone Jazzmaster Antigua a Squier juntou duas características únicas a um modelo especial, a cultuada Jazzmaster. Essas duas características são, primeiramente o modelo Antigua – que apresenta uma cor, uma pintura e um acabamento únicos – e, principalmente, o fato desta ser uma guitarra diferente, uma barítono, que praticamente se torna um outro instrumento, dependendo de como você for usá-la.


Como você pode conferir pela foto acima, a Baritone Jazzmaster possui um braço bem mais longo que o de uma guitarra “comum”, com uma escala de 30”, o que faz uma grande diferença na hora de tocar. Mas isso é necessário devido à grossura das cordas usadas, que vão desde .012 - .054" a .017 - .095"! A afinação mais usada em guitarras baritone é a de uma quinta perfeita (A D G C E A ou Bb Eb Ab Db F Bb). Mas há outras duas variações que muitos gostam de usar também. São elas a quarta perfeita (B E A D F B) ou a ainda mais grave terça maior (C F B E G C).

Em uma coluna passada eu falei sobre a Telecaster Antigua, que segue o mesmo padrão de visual opaco e envelhecido, que divide as opiniões e gostos dos guitarristas. O corpo deste modelo é em basswood sólido e acabamento em poliuretano. O braço é feito em maple e como é comum nos modelos da Fender, é aparafusado. A trasteira é feita em rosewood, com 21 trastes medium jumbo (nesse quesito igual às jazzmasters mais tradicionais) e marcações pearl block.


Na parte elétrica, a Squier Vintage Modified Baritone Jazzmaster Antigua vem com dois Duncan Designed (como é o padrão da linha). Na posição do braço, um JM-101N Alnico 5 e na posição da ponte, um JM-101B Alnico 5. Ambos são feitos para captar com mais profundidade e clareza o peso e a definição de graves e médios-graves que uma guitarra baritone proporciona. Os controles são bastante simples, o que para o meu gosto é perfeito. Um knob de volume master e outro de tonalidade master. A chave é a tradicional de três posições. Fácil, sem segredos e eficiente.


As ferragens são cromadas, contando com uma ponte fixa, o modelo Top Loader (também usada em algumas versões de Jaguars da linha Vintage Modified, principalmente naquelas em que a configuração de captadores é a de dois humbuckers, sem os controles de alteração de fase). As tarraxas são as estilo vintage, e a logo da Squier é naquela versão mais trabalhada, dando um toque especial a este modelo. O case pode ser comprado separadamente. No caso de uma guitarra como esta, não podíamos nos despedir sem dar uma ouvida no que ela pode fazer. Confira o vídeo abaixo:



E é isso esta semana! Sábado que vem tem mais!



sábado, 25 de julho de 2015

Dean Custom Run #13 Cadi 1980

Após muitas semanas falando sobre guitarras na linha mais tradicional, clássica ou vintage, chegou a hora de bater um papo sobre um modelo muito especial da Dean, que ultimamente vem se destacando com os modelos signature de Dave Mustaine – além, claro, de ter feito altas guitarras para Dimebag Darrell, do Pantera. A Custom Run #13 Cadi é uma reedição da Cadillac, dos anos 80, com algumas modificações que sempre são feitas para adaptar o relançamento aos dias atuais. Só pelo shape da guitarra você já pode sentir que ela é uma mescla de Explorer com Les Paul, e também é muito parecida com os modelos Washburn que Paul Stanley usou em sua turnê solo há alguns poucos anos.



Este modelo da Dean é feito de corpo sólido todo em mogno de primeira qualidade, assim como o braço, que é colado ao corpo e no formato C tradicional, bem clássico, para guitarristas que prezam instrumentos com uma proposta sem grandes aventuras nas modificações e trilham um caminho mais clássico. Tanto o corpo como o braço vêm com acabamento em gloss. Este modelo especificamente vem na cor Maple Flamed (existem versões Blue Flamed e Preta com peças douradas, esta última uma edição de aniversário). Toda a parte de trás da guitarra vem na cor preta. O tamanho da escala é de 24,75”. A trasteira, em ébano, vem com 22 trastes medium jumbo e marcações “block”, como você pode ver nas fotos.


Na parte elétrica, a Custom Run #13 Cadi conta com dois humbuckers EMG, um 81 na posição da ponte e um 85 na posição do braço. A questão de captadores ativos é sempre uma discussão entre guitarristas e é muito comum alguns músicos trocarem seus EMGs ativos por EMGs passivos como o HZ, mas certamente quem busca uma guitarra custom como esta já deve estar procurando por um look e um som próprios da proposta que a Dean apresenta. O diferencial no look destes captadores é que, diferentemente dos tradicionais, que vem na cor preta, estes são em “prata lixada”, combinando com o astral que a #13 tem.


As ferragens, assim como os captadores, são na cor prata envelhecida. A ponte é uma Tune-O-Matic Hardtail da Dean (ver foto acima) e as cordas são presas nela, não body-thru (por baixo do corpo). As tarraxas são as super especiais Dean Die-Cast e os knobs (dois de volume e dois de tonalidade) são no modelo Black Speed. Como você pode ver, o acabamento da #13 é todo feito com friso branco. Outra boa notícia é que, como toda custom que se preze, esta guitarra vem com hard case.


E é isso! Fiquem ligados na Garagem que estamos sempre com grandes novidades!




terça-feira, 14 de julho de 2015

COMPRANDO MINHA PRIMEIRA BATERIA !

Ah, enfim chegou o dia! Comprar sua primeira bateria! Seja com seu dinheiro ou seja um presente de alguém, que sensação hein?! Para nós, bateristas, acho que uma das melhores sensações que existem, concordam? Lembro de quando consegui minha primeira bateria importada, em 1994, uma Premier XPK7, linda ! E o prazer em abrir as caixas, hein?!



Mas restam algumas dúvidas. Qual a melhor bateria para comprar  Qual modelo? Qual marca? Acústica ou eletrônica? Uma mais cara para ficar com ela mais tempo ou uma mais em conta "só para começar"?
Antes da década de 90, quando o Brasil liberou as importações, era bastante difícil escolher entre as marcas nacionais (poucas de qualidade) e/ou o que pintava, daquele amigo que veio da gringa e trouxe uma bateria de lá. Após a liberação das importações, ainda que com alto custo de taxação, hoje temos no mercado uma gama enorme de opções de marcas, modelos, cores e propósitos. Mesmo que nosso mercado não se compare a um mercado norte-americano por exemplo, ainda assim você tem opções!



Minha primeira pergunta para você é: de quanto você pode dispor? Quantas prestações pode assumir e de qual valor cada ?
Uma vez respondida esta pergunta, você já tem um belo parâmetro por onde vai pesquisar seu kit.
Após escolher o valor máximo de investimento (bateria, pratos, banco), vamos para a segunda pergunta: você prefere um kit acústico ou eletrônico? Veja, são dois mundos diferentes e que na minha opinião se complementam e ajudam um ao outro. Não há por que ter preconceito nem com um tipo de kit, nem com outro. Mas posso garantir uma dica certa - se você mora em apartamento, lhe dou 98% de certeza que apenas uma bateria eletrônica vai resolver. Agora ... nada impede que você tenha as duas! (aplausos dos lojistas agora !)
Então vamos lá, você já sabe quanto pode gastar e partir disto decidiu o tipo do kit, acústico ou eletrônico.
Vamos falar de cada um deles para lhe ajudar na hora da compra.


Kits acústicos.
Procure observar a qualidade das ferragens. Se elas forem fracas ou simples demais, tenho certeza que em breve você vai ter que comprar outras novas. Considerando, claro, que você vai se dedicar a tocar bastante! Dê uma olhada no pedal, se oferece uma boa resposta. Vale a pena dar atenção à caixa, o tambor mais importante da bateria. Veja se aceita uma gama boa de afinações. Peça uma chavinha de afinação ao vendedor e dê algumas voltas nos parafusos para medir um pouco a tensão que o tambor aceita. Dependendo do valor da sua bateria, a caixa e o bumbo terão oito ou dez afinações. Evite, se puder, kits onde a caixa e/ou bumbo têm seis afinações. Normalmente são kits mais baratos e acho que não vão durar muito. Mas, se justamente este é seu kit, bem ... Procure ao menos cuidar bem dele para tentar uma revenda depois, quando for fazer seu upgrade de bateria.
Quantos toms deve ter minha bateria? Normalmente os kits vêm com dois toms e um surdo, mas não é impossível que você encontre uma bela oferta de um kit com três toms ou mesmo dois surdos. Hoje em dia os kits mais comumente vendidos vêm com estas medidas: toms 10" e 12" ou 12" e 13"; surdo 14" e/ou 16"; bumbo 20" ou 22"; caixa 14". Mas existem claro kits diferentes para propósitos diferentes onde temos medidas diferentes. Você pode, claro, escolher uma destas também, mas aconselho que seu primeiro kit seja algum mais versátil, que você possa tocar um belo rock, um blues, um samba ou jazz.




As peles que vêm nos kits normalmente não são as melhores, a não ser nos kits mais caros, portanto se achar legal, coloque no orçamento um kit novo de peles. Sobre peles falaremos em outra oportunidade.
Sobre o acabamento, deixo com você. Existem modelos laqueados, encerados, revestidos etc. A cor é uma escolha muito particular e você deve priorizar o som, claro.



Por outro lado, caso a bateria que você escolheu só esteja disponível no momento naquela cor meio enjoada, sugiro que encomende um kit do mesmo modelo e outra cor com seu lojista.



Kits eletrônicos.

Uma coisa é certa - TODOS os modelos e marcas vão necessitar de uma tomada e sem energia nenhum deles vai funcionar (risos). Mas são eles que vão te ajudar caso more em apartamento, certo?
Bem, assim como para kits acústicos, temos várias opções no mercado, mas cuidado com kits muito mais baratos, pois a qualidade sonora (samples) será vital na escolha.
Você precisa pedir para o lojista um bom fone de ouvido e gaste um tempo na bateria para testar e ouvir os timbres disponíveis no módulo. Não aceite fones ruins. Peça um que tenha alto nível de resposta para graves. Aliás, um belo par de fones e/ou um amplificador para sua bateria serão necessários. Caro? Bem, reflita: você não vai precisar comprar peles e nem pratos, certo?
Passe um a um os kits do módulo e repare o que este oferece como recursos. Quanto mais recursos, mais feliz você será e mais caro será. É a vida! Procure reparar na qualidade do rack que vem junto e na facilidade de mexer no módulo. Importante verificar a resposta das baquetas e do pedal, nos pads.
Para ambos os kits, acústicos ou eletrônicos, peça SEMPRE ao lojista para testar, ouvir o som. Não tenha vergonha ou medo de passar muitos minutos testando tudo o que quiser. Só para você ter uma ideia, a última vez que resolvi comprar uma caixa, permaneci na loja por cerca de três horas, testando apenas (pasme) quatro opções. No fim fiz uma escolha que não me arrependo em nada !


Caso você tenha um bom professor,  que esteja bem atualizado no mercado com relação a marcas, modelos e valores, vale a pena ouvir a opinião dele. Você pode não concordar com o gosto, mas certamente terá mais uma opinião profissional. Ouça também as dicas do lojista.


De qualquer modo eu mesmo me coloco à sua disposição para tirar suas dúvidas e dar boas dicas. Basta entrar em contato pelo nosso site oficial www.drumtime.com.br

Abraços e boas compras !

sábado, 4 de julho de 2015

Epiphone Riviera Custom P93 Red Royale

Quando se fala em guitarras Epiphone, há que se prestar bem atenção a quais Epiphones as pessoas estão se referindo. Por um lado, há as tradicionais Les Pauls, SGs, Firebirds e demais semelhantes às Gibson, que são consideradas uma versão mais barata e simplificada da marca. Você encontra, nesse quesito, guitarras que podem começar custando pouco mais de US$100 (nos EUA), até modelos de custo médio. Mas quando se fala em guitarras Epiphone semiacústicas, o capítulo é outro. A marca é tradicional em fabricar modelos clássicos que foram usados por grandes nomes da música, como John Lennon e Noel Gallagher (apenas para citar dois). O approach da marca em relação a essas guitarras é muito mais caprichado, com detalhes clássicos que fizeram história ao longo do tempo. Esse é o caso da Riviera Custom P93.


A Epiphone Riviera Custom P93 foi baseada em um dos maiores clássicos da Epiphone, a Riviera, que começou a ser produzida no começo dos anos 60. Ao longo do tempo, a Riviera foi uma das guitarras preferidas de grandes nomes da música, desde músicos mais tradicionais até aqueles que fazem um som totalmente alternativo. A Riviera foi produzida em diferentes versões: com e sem Bigsby, com captadores humbucker, mini-humbucker e os clássicos P90. A Riviera Custom P93 foi feita com algumas modificações para valorizar ainda mais o modelo, e está se tornando um clássico por si só.

O corpo da Custom P93 é feito em maple laminado com um bloco central de mahogany, para maior ressonância e vibração, valorizando uma excelente tonalidade e um ótimo sustain e evitando que os f-holes, sozinhos, façam com que o som se torne pouco firme. O braço, em mahogany, tem uma escala de 24.75” com um formato D Slim Taper, ou seja, em um shape “gordo” porém levemente diminuído para agradar desde os músicos mais tradicionais aos mais modernos. A trasteira, em rosewood, conta com 22 trastes medium jumbo e marcações pearloid “parallelogram”, como você pode ver pelas fotos abaixo.


Na parte elétrica, a Riviera Custom P93 vem com três Epiphone Dogear Classic P90, feitos com Alnico V. A gama de possibilidades em termos de timbres é extensa. Os quatro knobs funcionam de uma maneira diferente nesta guitarra. Temos três controles de volume – um para cada captador – e um controle de tonalidade – para todos eles ao mesmo tempo. A chave de três posições é a tradicional, mas aqui o resultado é outro: na posição do meio, todos os captadores são acionados, o que faz com que você possa mesclar quanto quer de cada um através dos controles de volume individuais. Muito bom!


As ferragens são cromadas nesta versão (há versões em que as ferragens são douradas). A Custom P93 conta com um tremolo Bigsby B70, uma ponte Tune-o-matic e tarraxas Wilkinson de alta precisão. No headstock, o símbolo vintage da Epiphone e na placa que cobre o tensor,  a logo tradicional “E” que você encontra em guitarras mais clássicas da marca. A Riviera Custom P93 é fabricada na China, mas o que uma vez já quis dizer falta de qualidade, hoje não tem mais esse significado. Até mesmo a Fender tem linhas especiais fabricadas na China, como a Coronado e a Starcaster. O hard case da Custom P93 não está incluído, mas pode ser adquirido separadamente.


E por hoje é isso! Aproveitem o fim de semana e se segurem: semana que vem temos algumas surpresas para vocês!